Como justificativa para a indicação, Lemos diz que a mulher tinha experiência para tal cargo e foi uma dívida de Rogério com o sogro.
A desistência do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), em nomear Gizza Laurene do Carmo de Oliveira, esposa do vereador Welton Lemos (Podemos), para presidente do Instituto Municipal de Assistência Social (IMAS), ainda é motivo de polêmica. O parlamentar, que é membro da Comissão Especial de Investigação (CEI) da Comurg, disse que a mulher era o único nome técnico entre as demais indicações e que houve “machismo”, já que somente ela sofreu a revogação.
“Nós ainda vivemos em uma comunidade que é muito machista, porque a única revogação foi de uma mulher”, disse o parlamentar em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, na manhã desta terça-feira (13). Rogério Cruz nomeou, para o primeiro e segundo escalão, parentes e amigos de vereadores que compõem a CEI da Comurg, que investiga possíveis irregularidades em contratos firmados entre a empresa e o Paço Municipal.
Como justificativa para a indicação, Lemos diz que Gizza, que já foi secretária-executiva do Procon Goiânia, tinha experiência para o cargo.
“Ela é servidora, psicóloga, tem mestrado em gestão. Na gestão de Iris, ela foi diretora de RH da prefeitura e presidente da Comissão de Concursos. Diga-se de passagem, o único nome apontado que é técnico foi o nome dela”, justificou o vereador.
Mas e a CEI?
De acordo com o vereador, que é vice-presidente da CEI da Comurg, a indicação não teve nada a ver com seu posto na investigação. Na verdade, foi uma dívida política que Rogério tem com o sogro, o pastor Gentil Oliveira, do Ministério Bethel e coordenador da campanha vitoriosa de Maguito Vilela entre os religiosos.
“A minha postura não muda, a minha forma de trabalhar não muda”, disse.
“Quando Maguito adoeceu, foi ele quem levou o Rogério às reuniões do segmento evangélico, onde tínhamos penetração”. Welton Lemos diz que ponderou o momento da CEI com a indicação do prefeito, mas o chefe do Executivo decidiu prosseguir. Além dele, o relator Thialu Guioti (Avante) e Paulo da Farmácia (Agir) também receberam cargos na gestão.
fonte: g5news