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Rússia inicia ataque contra a Ucrânia

Após quatro meses de crise com o Ocidente, a Rússia decidiu atacar a Ucrânia nesta quinta (24), estabelecer uma presença militar no Donbass (leste do vizinho), naquilo que Kiev classificou do começo de uma invasão total.

Há explosões ouvidas em diversos pontos do país, e o governo da Ucrânia afirma que soldados russos desembarcaram em Odessa, importante porto do mar Negro no sul do país, e cruzaram a fronteira perto de Kharkiv. Ainda não há confirmação disso.

Em pronunciamento às 5h45 (23h45 da quarta, 23, em Brasília), o presidente Vladimir Putin disse que anunciou uma operação militar para “proteger a população do Donbass”, região do vizinho na qual ele reconheceu áreas rebeldes pró-Rússia na segunda (21).

Há sinais claros de um ataque amplo, mas se sabe se é uma invasão total nos termos colocados por Kiev e pelo Ocidente. Putin disse estar cumprindo o que havia prometido: enviar tropas para apoiar as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.

“A invasão da Ucrânia começou”, afirmou por sua vez o ministro do Interior ucraniano, Denis Monastirski, citando ataques com artilharia e mísseis. “É uma invasão total”, disse seu colega chanceler, Dmitro Kuleba no Twitter. O país decretou lei marcial, fechou seu espaço aéreo. O presidente Volodimir Zelenski divulgou vídeo afirmando que os russos atacaram pontos de fronteira e infraestrutura militar do país. “Fique calmos”, disse, afirmando que o presidente Joe Biden prometeu apoio dos EUA.

“Por tudo o que estamos vendo até aqui, e é preciso mais clareza, parece mesmo ser uma invasão”, disse por telefone um dos principais analistas militares russos, Ruslan Pukhov, diretor do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias, de Moscou.
Há relatos de explosões em várias cidades. Equipes da TV CNN as ouviram ao longe na capital Kiev e em Kharkiv, importante centro no leste do país. Sirenes antiaéreas começaram a soar na capital às 7h06 locais (2h06 em Brasília). Segundo disse por telefone um morador de Rostov-do-Don à reportagem, Mariupol está sob fogo também.

 

Por G1

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