sexta-feira , 22 novembro 2024

“Queremos justiça”, cobra mãe de grávida que morreu ao dar à luz no DF

Velório de Mariana Cardoso ficou marcado pela indignação de amigos e parentes da manicure, que morreu após dar à luz bebê natimorto

O luto e o anseio por justiça marcaram o velório de Mariana Cardoso Vieira, 37 anos, na tarde desta segunda-feira (24/10), no Cemitério de Taguatinga. Grávida de 41 semanas, ela deu entrada no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) na sexta-feira (21/10) e, um dia depois, entrou em trabalho de parto, mas morreu. Para a família, houve negligência da equipe de saúde, que teria induzido o nascimento da criança.

A manicure estava à espera da pequena Luiza Vitória. No entanto, teria sofrido uma hemorragia, segundo a família. Mãe e filha morreram no hospital. “Eles forçaram o parto. Teve uma abertura no útero, seguida de uma hemorragia. Houve negligência”, criticou Juliana Evangelista dos Santos, uma amiga próxima à família.

“Estamos em pedaços, destruídos. Tinha como eles [médicos] esperarem para [Mariana] ter um parto natural, mas forçaram. Foi um hemorragia interna muito grande. [Ela precisou de] oito bolsas de sangue, e eles não conseguiram conter, detalhou Juliana. “Ela não tinha qualquer tipo de doença. Entrou falando, andando e saiu assim.”

Pré-natal

A bolsa da Mariana rompeu na madrugada entre sexta-feira (21/10) e sábado (22/10), por volta da meia-noite. Em seguida, a gestante teve um sangramento. A família alega que o atendimento médico só chegou às 6h.

A grávida foi levada para o centro cirúrgico e começou o procedimento da cesárea. Quando deu à luz a criança, a menina nasceu sem vida. Os médicos tentaram reanimar a recém-nascida, mas não conseguiram.

“[A mãe] vai para o hospital ganhar o neném boa, sem doença alguma, e sai nessa situação. Por que não fizeram a cirurgia na menina [a mãe]? Se não tem condições de nascer por baixo, [a criança] pode nascer por cima [cesariana]”, diz a mãe de Mariana, Antônia Cardoso, 63. “Não havia risco de nada. Minha filha fez um pré-natal saudável. Eu sei que a vida dela não vai voltar, mas queremos justiça.”

 

 

 

Fonte: Metrópoles

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