Tragédia histórica que matou 1.517 pessoas em 1912 inspirou romances, filmes e uma próspera indústria do turismo na forma de museus e exposições que atraem centenas de milhares de visitantes anualmente.
O fascínio incessante do mundo com o desastre do Titanic resultou em uma nova tragédia esta semana, quando cinco pessoas foram mortas pela implosão de um submarino com destino ao local do navio.
O Titanic é apenas um dos muitos naufrágios nas águas do Oceano Atlântico, que reivindica muito mais calamidades marítimas do que a colisão do iceberg que afundou o Titanic e resultou na morte de 1.517 pessoas na viagem inaugural do navio, em 1912.
Inevitavelmente, para aqueles com orçamento para gastar, houve as viagens para ver o próprio local do naufrágio. A despesa e o risco extremo aparentemente valem a pena para aqueles que buscam passar alguns momentos olhando para o casco em decomposição.
Então, por que o Titanic exerce um fascínio tão poderoso? A morte dos cinco passageiros a bordo do submarino Titan foi, sem dúvida, ainda mais cativante para o público de notícias em todo o planeta por causa do destino de sua viagem.
Grande parte do magnetismo do Titanic vem da arrogância e do glamour envolvidos na tragédia original, diz Brent McKenzie, professor da Universidade de Guelph, no Canadá, e autor do livro “Dark Tourism: Is the Medium Still the Message”.
“O fato de tantas vidas terem sido perdidas e de o navio ser ‘inafundável’ e as pessoas famosas a bordo parece garantir um interesse contínuo”, diz McKenzie.