quarta-feira , 9 abril 2025

Pollara sofre infarto do miocárdio e é transferido para unidade de saúde

Ex-secretário de saúde de Goiânia está preso desde quarta-feira, 27/11, pela Operação Comorbidade

Na noite deste domingo, 1º, o ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, sofreu um infarto agudo do miocárdio enquanto estava em prisão temporária na Casa do Albergado. Ele foi imediatamente transferido para o Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte. A informação foi confirmada por seu advogado, policiais penais e um relatório médico acessado pelo Jornal Opção.
Wilson Modesto Pollara, de 75 anos, possui um histórico de problemas cardíacos, incluindo doença arterial coronariana, arritmias cardíacas e hipertensão arterial. Além disso, o ex-secretário já passou por tratamentos para dois tipos de câncer.

Relembre o caso: Wilson Pollara e a Operação Comorbidade
O ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, foi preso na manhã de quarta-feira, 27/11, durante a ‘Operação Comorbidade’, uma ação do Ministério Público de Goiás (MPGO) que investiga crimes relacionados a pagamentos irregulares em contratos administrativos e a formação de uma associação criminosa. Além de Pollara, também foram detidos Quesede Ayres Henrique, secretário-executivo da pasta, e Bruno Vianna, diretor financeiro da Secretaria Municipal de Saúde.

A defesa de Pollara havia solicitado um habeas corpus, alegando a fragilidade de sua saúde, mas o pedido foi negado em caráter liminar. No sábado, 30, o MPGO conseguiu a prorrogação da prisão temporária de Pollara por mais cinco dias.

A operação resultou na execução de oito mandados de busca e apreensão e na suspensão das funções públicas dos três servidores. As ações ocorreram na sede da Secretaria Municipal de Saúde, nas residências dos detidos e de um empresário vinculado aos contratos investigados. Durante as buscas, foi encontrado um montante de R$ 20.085,00 em dinheiro em posse de um dos alvos.

Crise na saúde
De acordo com o MPGO, Pollara e os outros investigados formaram uma associação criminosa que favorecia empresas através de pagamentos irregulares, desrespeitando a ordem cronológica de exigibilidade e causando prejuízos aos cofres públicos. Esse esquema teve um impacto significativo na gestão da saúde municipal, contribuindo para a crise no setor, que se manifestou em filas de espera por UTIs, resultando em mortes de pacientes à espera de atendimento.

Um dos reflexos mais graves do esquema foi a interrupção dos repasses financeiros para entidades do terceiro setor, como a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). A fundação, que é responsável pela gestão de unidades hospitalares e maternidades em Goiânia, enfrenta um passivo de R$ 121,8 milhões com fornecedores, dificultando a manutenção dos serviços essenciais à população.

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