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PF prende traficante que passava férias em resort de Porto de Galinhas

Grupo utilizava de empresas fictícias em nome de presos para emitir notas falsas e despachar drogas trazidas do Paraguai

Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (17/8), a Operação Lottus. O alvo é uma organização criminosa que despachava drogas trazidas do Paraguai, por meio do Lago de Itaipu, para diversos estados.

Ao menos 70 policiais federais cumprem 14 mandados judiciais nas cidades de Cascavel e Toledo, no oeste do Paraná, e em um resort de luxo na praia de Porto de Galinhas, litoral pernambucano, onde estava hospedado de férias um dos membros da organização criminosa.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal de Cascavel (PR) determinou a prisão preventiva dos sete principais integrantes do grupo e o sequestro de automóveis, imóveis e contas bancárias dos investigados e de laranjas.

Modus operandi
A suspeita é de que os criminosos usavam um advogado com conhecimento em contabilidade para abertura de empresas fictícias em nome de outros traficantes. A partir disso, eram emitidas notas fiscais de venda de produtos naturais para dissimular a remessa de drogas por meio de transportadoras de Cascavel.

Ao menos 70 policiais federais cumprem 14 mandados judiciais nas cidades de Cascavel e Toledo, no oeste do Paraná, e em um resort de luxo na praia de Porto de Galinhas, litoral pernambucano, onde estava hospedado de férias um dos membros da organização criminosa.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal de Cascavel (PR) determinou a prisão preventiva dos sete principais integrantes do grupo e o sequestro de automóveis, imóveis e contas bancárias dos investigados e de laranjas.

Modus operandi
A suspeita é de que os criminosos usavam um advogado com conhecimento em contabilidade para abertura de empresas fictícias em nome de outros traficantes. A partir disso, eram emitidas notas fiscais de venda de produtos naturais para dissimular a remessa de drogas por meio de transportadoras de Cascavel.

Os criminosos mantinham o esquema há pelo menos dois anos. A atividade envolvia, além das empresas a criação de logomarcas, uniformes e plotagem (adesivagem) de veículos e embalagens para simular a efetiva remessa dos produtos naturais sem chamar atenção das transportadoras.

O líder do esquema, que tinha o advogado como seu braço direito nas atividades intelectuais e financeiras, usava pelo menos quatro empresas de fachada para lavar dinheiro. Foram identificadas empresas de lavagem de veículos, loja de roupas, além de autocenter e loja de móveis.

Mulheres como “mulas”
Para transportar e despachar a droga, os líderes do grupo cooptavam preferencialmente mulheres com filhos menores, visando garantir que a soltura em caso de prisão fosse mais rápida.

Além do tráfico de drogas, a quadrilha é suspeita de tentativa de homicídio na cidade de Matelândia (PR), ocorrida em fevereiro deste ano. Na ocasião, dois dos investigados planejaram e executaram a ação enquanto outro membro fornecia os endereços atualizados da vítima, a partir de consulta em sistemas oficiais da Justiça.

Lottus
A investigação foi batizada de Operação Lottus em alusão ao símbolo de uma flor de lótus que era utilizado pelos criminosos como uma espécie de “marca registrada” nos logotipos e uniformes das empresas de fachada criadas pelo grupo, inclusive sendo uma das características que chamou atenção dos investigadores para a semelhança de logotipos em diferentes apreensões de drogas nas transportadoras.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de tráfico transnacional de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 

 

 

Fonte: Metrópoles

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