Além do negociador, a polícia cumpriu mais um mandado de prisão e 40 de busca e apreensão no âmbito da Operação Lupi.
A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quarta-feira (19), um negociador de ouro ilegal. Ao apurar que o acusado, que é goiano, faz parte de uma organização criminosa dedicada à extração, comercialização e exportação ilegais de ouro extraído das reservas Yanomami e da Venezuela, bem como à lavagem do dinheiro, bens e ativos de origem ilícita. Ele foi preso em um condomínio de luxo de Manaus, no Amazonas.
O ouro era vendido para outros países, segundo as investigações.
Além do goiano, a polícia cumpriu mais um mandado de prisão e 40 de busca e apreensão no âmbito da Operação Lupi, deflagrada em decorrência das investigações realizadas na Operação Kukuanaland e na Operação Bullion, realizadas em fevereiro e maio deste ano. As ordens judiciais foram cumpridas em Anápolis e Manaus.
Durante o inquérito policial, a Polícia Federal identificou a possível existência de grupo criminoso, cujo modo de agir passa pelas seguintes atividades ilegais: extração do minério em áreas proibidas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e subsequentes transporte, comercialização e exportação do ouro ilegal.
A polícia investiga a hipótese de que o ouro extraído ilegalmente de reservas indígenas e unidades de conservação federal vinha sendo “esquentado”, mediante documentos ideologicamente falsos, nos quais o grupo declarava origem diversa da real, como se o metal tivesse sido extraído de área autorizada.
A partir das medidas judiciais executadas na data de hoje, a Polícia Federal pretende identificar os principais envolvidos na exportação do ouro ilegal, demais integrantes da organização criminosa, recuperar ativos financeiros e estancar atuação do grupo.
Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, por crimes contra a ordem econômica – usurpação; pesquisa/lavra/extração de recursos minerais sem autorização/permissão/concessão ou licença; lavagem de bens, dinheiro e ativos; falsidade ideológica, receptação e organização criminosa, cujas penas somadas, podem chegar a vinte e nove anos de reclusão.
O nome Lupi vem do latim e significa “lobos”, tendo em vista que os suspeitos se comunicavam por aplicativo de mensagem em um grupo denominado “Wolf”, que é lobo em inglês.
fonte: g5news