PF apura elo entre empresa sediada em Goiânia e gastos de Michelle Bolsonaro

PF apura elo entre empresa sediada em Goiânia e gastos de Michelle Bolsonaro

Empresa Cedro Líbano pagou assessor de Bolsonaro que repassou valores a pessoas ligadas à ex-primeira-dama.

A Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de um ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) para investigar transações entre ele e uma empresa com contratos do governo federal, um deles custeado com dinheiro de emenda parlamentar.

A empresa é a Cedro Libano Comércio de Madeira e Materiais de Construção, sediada em Goiânia.

As solicitações da PF têm como base as mensagens de Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro e chefe da Ajudância de Ordens da Presidência, encontradas a partir da quebra do seu sigilo telemático na investigação relatada por Moraes sobre o vazamento do inquérito sigilo do ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ao analisar o material, os investigadores encontraram indícios de transações suspeitas entre Luis Marcos dos Reis, ajudante de ordens do ex-presidente, e a Cedro Libano.

Segundo a PF, o Portal da Transparência mostra que, de 2020 a 2022, durante o governo Bolsonaro, a Cedro Líbano recebeu recursos federais por meio de contratos com a Universidade Federal do Espírito Santo, Instituto Federal de Tocantins e Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba).

A análise da Polícia Federal nas contas de Luís Marcos dos Reis mostra várias transações entre ele e a empresa ou pessoas vinculadas a ela. Dos Reis aparece recebendo e enviado valores para a empresa e para uma de suas sócias de 2019 a 2022.

Ele também manteve transações como o pai de uma das sócias da empresa. “A soma das transações a crédito para a conta de Luís Marcos dos Réus é R$ 101 mi. As transações com débito da conta do investigado totalizaram R$ 69 mil”, diz a PF ao apontar um saldo de R$ 32 mil positivo para o assessor de Bolsonaro nas transações com a empresa.

De acordo com os investigadores, até o fim do ano passado ainda não havia sido possível identificar vínculo formal ou informal entre o ajudante de ordens e a empresa para justificar a movimentação financeira identificada.

“Tais transações se tornam ainda mais incompreensíveis se considerarmos o fato de Luís Marcos Dos Reis ser servidor público, sargento do Exército Brasileiro, lotado até julho de 2022 na Ajudância de Ordens da Presidência da República.”

No mesmo período em que recebe da empresa, o ajudante de ordens de Bolsonaro aparece envolvido nas transações que são investigadas pela PF sob suspeita de desvio de dinheiro da Presidência por meio de Mauro Cid e a pedido de Michelle Bolsonaro.

O assessor, diz a PF, repassou valores para pessoas indicadas pelas assessoras de Michelle Bolsonaro. Entre elas, a tia da ex-primeira-dama, Maria Graces de Moraes Braga, para quem o assessor de 12 depósitos em espécie.

fonte: maisgoias

Isabele Brandão

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