Os documentos que pedem afastamento de Rogério Cruz são frágeis, mas desgastam gestão e dão mais munição aos vereadores de oposição.
Dois pedidos de impeachment do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) foram protocolados na Câmara de Vereadores de Goiânia, no fim da tarde dessa quarta-feira (29).
Um documento é assinado pelo estudante Kairo Vitor Barros e o outro pedido assinados pelos advogados João Paulo Tavares e Hudson Bollela.
No pedido apresentado pelos advogados, afirma que há deszelo com a infraestrutura da cidade, como praças e quadras esportivas abandonadas.
João e Hudson citam a falta de vagas nos centros municipais de educação infantil (CMEIs), além da quantidade de buracos em vias públicas.
Já Kairo Vitor Barros pontua sobre as supostas irregularidades ocorridas na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) investigadas pela Comissão Especial de Inquérito (CEI).
A denúncia é de que a prefeitura repassou à companhia R$ 8 milhões sem que houvesse a conclusão dos serviços contratados. Kairo cita ainda em seu pedido de impeachment que o prefeito não aplicou o mínimo em educação nos primeiros cinco meses de 2021 e 2022.
Os dois pedidos são avaliados pela Procuradoria da Câmara. Após esse processo, um parecer deve ser entregue ao presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), para que as denúncias sigam para análise dos vereadores ou não.
Outro lado.
“O prefeito Rogério Cruz tomou conhecimento das manifestações pela imprensa e entende tratar-se de insatisfações administrativas.
Os argumentos das peças não encontram respaldo na realidade, carecem de rigor jurídico, são baseados em dados incorretos e não ensejam crimes de responsabilidade. É rigorosamente falsa a alegação de que a prefeitura descumpriu os investimentos mínimos em Educação e em Saúde, este último superando em larga margem o percentual constitucional devido à pandemia da Covid-19.
Em 2021, a Prefeitura de Goiânia aplicou R$ 806 milhões na área da saúde, o que corresponde a 20,92% da receita resultante de impostos e transferências constitucionais legais, frente ao mínimo de 15%. No mesmo ano, para a Educação, foram investidos R$ 993 milhões, o que resulta em 25,49% das receitas para apuração legal, portanto, acima do mínimo constitucional de 25%.
Questões de ordem administrativa, como fila nos Cais, coleta de lixo e buracos nas vias, são problemas que não se encerram e motivos de queixas das populações de rigorosamente 100% dos municípios e estados brasileiros. A Prefeitura de Goiânia, por seu turno, trabalha diariamente para minimizar essas situações.
Como política prioritária, a Prefeitura de Goiânia investe, por meio do programa Goiânia Adiante, o montante de R$ 144 milhões para a construção de 14 novas unidades de saúde, três delas já iniciadas, além de reforma de cinco unidades, reconstrução de outras duas e manutenção em 142 prédios administrados pela Saúde.
Na área da Educação, o Goiânia Adiante prevê a entrega de novas 36 unidades de educação, sendo a retomada de 12 obras paralisadas por outras gestões, entrega de 4 construções modulares, e a construção de novos 20 Cmeis, que resultarão no incremento de 10 mil vagas apenas para os Cmeis.
Prefeitura de Goiânia”
fonte: G365