Superintendente de Vigilância da Saúde em Goiás reforça: principal arma contra a Covid-19 são as vacinas
A nova onda de Covid-19 que Goiás vive no começo de 2024 pode estar associada ao baixo índice de vacinação, que não passa dos 14% de cobertura para a bivalente. O imunizante protege contra a ômicron, variante com circulação predominante nos municípios goianos.
Em entrevista, a superintendente de Vigilância da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim, alerta para o baixo índice e destaca que a principal arma para conter o aumento dos casos é uma boa cobertura vacinal.
“Independente do aumento, a orientação que já damos há tempo é válida: a primeira forma de prevenção principalmente às formas graves é a vacina. Grande parte da população, o curso da doença vai evoluir para a cura”, destaca a especialista, reforçando que alguns grupos precisam de tomar mais cuidado ante ao contágio.
É o caso dos idosos, imunodeprimidos e crianças. Nestes grupos, há uma maior possibilidade dos casos se agravarem. “Esses grupos não podem ficar com seu cartão incompleto. Precisa completar o esquema de vacinal completo, os idosos nem se fala. Eles precisam tomar a bivalente que tá com uma cobertura muito baixa”, alerta que reforça o intervalo de doses para os que possuem mais de 60 anos: seis em seis meses.
Ela alerta que a imunização está baixa em todos os municípios goianos e reforça a importância da ampla cobertura vacinal. “Porque precisamos de cobertura alta? Mesmo que venham novas ondas, variantes e aumento de caso, a gente sabe que não aumenta internação e óbito. É para isso que a vacina serve”, destaca.
“A imunização está baixa em todo o estado. Se a gente pega de uma forma geral, a cobertura geral da bivalente está em torno de 14% para todas as faixa etárias. Não tem nenhum município que está com cobertura ideal, infelizmente. Porque precisamos de cobertura alta? Mesmo que venham novas ondas, variantes e aumento de caso, a gente sabe que não aumenta internação e óbito. É para isso que a vacina serve.
Flúvia alerta que a primeira ação que os prefeitos devem tomar, ao verem casos saltarem em seus respectivos municípios são campanhas de vacinação, ante à estratégias como obrigar a utilização de máscaras ou outras estratégias de isolamento social, comuns às que foram adotadas no epicentro da pandemia.
“A primeira ação que deve ser tomada é um mutirão de vacinação. Os prefeitos precisam chamar as pessoas para vacinarem-se. É a primeira medida. As outras, recomendação de uso de máscara, higienização são importantes? É importante, mas a primeira é a vacina”, completa.
E não há o que temer quanto à eficácia e segurança das mesmas. “Nenhuma vacina é utilizada no Brasil se não tiver segurança e eficácia comprovada. Nossa agência reguladora é uma das mais rigorosas do mundo. Se foi disponibilizada é porque ela é segura e eficaz. Não tem porque não se vacinar”, completa.
Fonte: maisgoias