No dia 5 deste mês, pouco depois das 16h, a vendedora Thamires Souza Reis da Silva Ribeiro, de 23 anos, saiu da Posse, em Nova Iguaçu, em direção ao Hospital da Mulher Heloneida Studart, em Vilar dos Teles, em São João de Meriti, onde daria luz aos filhos gêmeos. Horas depois de chegar à unidade de saúde, nasceu um dos bebês, Daniel, de parto normal. No dia seguinte, ele teve que fazer uma cesariana para o nescimento de Davi. Ela conta que o anestesista da cirurgia foi o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, preso e autuado em flagrante, na noite deste domingo (10), por estupro. A jovem diz que foi tão dopada que não conseguiu assistir ao parto do filho nem conhecer o bebê, que morreria um dia depois.
Ontem, Thamires registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti contra o médico. A família afirma que Thamires saiu da sala de parto com o rosto branco, e acredita que tratava de sêmen que pode ser de Giovanni. Nesta terça-feira, ela resolveu quebrar o silêncio e mostrar o rosto. Ela acredita que com isso outras pessoas virão a público e denunciarão o médico.
— Eu estava grávida de gêmeos. Entrei em trabalho de parto por volta das 17h. Lá eles me disseram que eu estava em trabalho de parto e não viria mais embora. Como os bebês eram prematuros, me deram um remédio. Às 23h, o médico viu que o bebê estava coroando. O meu primeiro filho nasceu normal e foi bem tranquilo. Quando era para o segundo bebê nascer, eles disseram que não tinha condições de ele nascer de parto normal e teria que ser cesária. Eles disseram que a gente corria risco de vida — conta a mulher, que completa:
— Fui levada para uma outra sala, e os funcionários ficaram desesperados. Pelo tempo de demora, eles ligaram para o anestesia, esse monstro, para que ele viesse me dar a anestesia. Isso já era mais de 1h do dia 6. Eu fiquei sentido dor e eles disseram que o bebê não nasceria. Ele veio, me deu uma RAC na coluna e um remédio no braço. Em seguida, comecei a sentir muito sono. Ele sempre atrás da minha cabeça, com o pano, e eles tentando achar a criança. Ninguém achava a criança. Eles me cortaram de todas as formas — conta Thamires.
Fonte: Extra