Louise Fawcett uma mulher da Inglaterra adquiriu uma bactéria comedora de carne enquanto caminhava pelo próprio jardim e após acidentalmente cortar o tornozelo. Após alguns dias, ela procurou o hospital devido à intensa dor e inchaço locais. Inicialmente diagnosticada com celulite infecciosa, os médicos logo perceberam que o quadro era mais grave.
O pé da paciente contudo continuava inchando rapidamente e mudando de cor, surpreendendo os médicos pela velocidade da infecção. Felizmente, uma enfermeira reconheceu os sintomas semelhantes a uma doença que tinha lido sobre recentemente.
Exames e biópsias confirmaram o diagnóstico: Louise contraiu fasciíte necrosante, uma bactéria potencialmente letal associada a infecções. A infecção foi severa, resultando em semanas de internação, seis cirurgias e um enxerto da coxa. Após a remoção do tecido infectado, ela precisou de três dias na UTI e perdeu temporariamente a memória desse período.
Além de ter que reaprender a andar com suporte, ela agora precisa manter o pé elevado em um ângulo de 90 graus ao sentar-se. De acordo com a Revista Médica de Minas Gerais e o artigo “Diagnóstico e tratamento da Fasciíte Necrotizante: relato de dois casos”, essa condição é rara e pouco estudada, com estimativas variadas de casos anuais nos EUA e uma taxa de mortalidade alarmante de até 76% sem diagnóstico precoce.
A fasciíte necrosante pode ser adquirida com uma simples picada de inseto ou pequeno corte, e em cerca de 20% dos casos a fonte da infecção permanece desconhecida. Casos anteriores, como o de uma mulher que perdeu uma quantidade significativa de intestino após contrair a bactéria por cesariana, destacam a gravidade e complexidade dessa infecção.