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Motoristas de aplicativo estão preocupados com Projeto de Lei de Lula que quer regular plataformas.

Luiz Paulo Pereira de Santana, líder de um grupo de motoristas de aplicativo em Goiânia, expressou forte preocupação com o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última segunda-feira (4). A proposta estabelece uma remuneração mínima de R$ 32,90 por hora trabalhada para motoristas de aplicativos, incluindo obrigações tributárias para os profissionais e as empresas. Santana argumenta que tais medidas, ao invés de beneficiar, podem ameaçar a existência da categoria.

De acordo com Santana, o governo não considerou as opiniões dos motoristas ao preparar o projeto, que ele acredita visar à imposição de taxas excessivas e à redução da autonomia dos trabalhadores. “Pagar R$ 27,50 de impostos e receber por hora trabalhada não é aceitável”, afirmou ele, destacando que a categoria prefere o modelo atual de remuneração por quilômetro e minuto rodado, que oferece maior flexibilidade e potencial de ganho.

O projeto, que visa criar a categoria de trabalhador autônomo por plataforma sem vínculo empregatício, mas com garantia de um mínimo por hora e contribuições ao INSS divididas entre empresas (20%) e motoristas (7,5%), agora está sob análise do Congresso Nacional. Afetará pelo menos 704 mil motoristas, segundo dados do IBGE.

A comunidade de motoristas, representada por Santana, busca melhores tarifas e direitos, mas vê no projeto de lei apenas “taxações” em vez de melhorias. A proposta levanta um debate sobre a viabilidade futura da profissão sob as novas regulamentações, destacando a necessidade de uma discussão mais inclusiva com os profissionais afetados.

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