sexta-feira , 22 novembro 2024

Motorista do caminhão envolvido no acidente que matou policiais militares de Goiás é preso;

O caminhoneiro que se envolveu no acidente que matou quatro policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) foi preso nessa sexta-feira (10), na BR-153, em Goiatuba, na região sul de Goiás. Segundo o documento do mandado de prisão, Diego Michael Cardoso, de 40 anos, vai responder por homicídio culposo na direção de veículo automotor.

Especialistas concluíram que além de trafegar na contramão, o caminhão viajava com velocidade de 110 km/h e carregando peso de 9 toneladas acima do permitido.

A perícia da Polícia Científica concluiu que o caminheiro invadiu a contramão e bateu a carreta contra a viatura no acidente na BR-364, em Cachoeira Alta, na região sudoeste de Goiás. Os quatro policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) que estavam no carro morreram.

O acidente aconteceu na noite do último dia 24 de abril. As vítimas foram: o subtenente Gleidson Rosalen Abib, o 1º sargento Liziano José Ribeiro Junior, o 3º sargento Anderson Kimberly Dourado de Queiroz e o cabo Diego Silva de Freitas. O caminhoneiro teve ferimentos leves.

Com a violência da batida de frente, viatura e carreta envolvidas no acidente ficaram destruídas. Em nota, a PM informou que os militares estavam em deslocamento durante uma ocorrência no momento do acidente

Os corpos deles foram velados e sepultados no último dia 25 de abril após um cortejo.

A Polícia Científica concluiu a perícia do local do acidente. O laudo avaliou as marcas de pneus na pista para entender a dinâmica da colisão. Segundo o documento, a caminhão estava em uma velocidade entre 110 e 120 km/h.

“[O caminhão] trafegava em sentido oposto [ao da viatura] e, no ponto em que restaram materializadas as marcas de pneumático na malha asfáltica, trafegava sobre sua contramão de direção, invadindo a faixa de trânsito oposta por onde trafegava [o outro veículo]”, destaca trecho do laudo.

Ainda de acordo com documento, a perícia verificou indícios de que a viatura saiu da pista para tentar desviar do caminhão e evitar o acidente. “O condutor [da viatura] desviou à direita, adentrando o acostamento, o que, contudo, não foi suficiente para desviar a colisão”, concluiu.

O perito Itamar Junior afirmou que o caminhão estava com excesso de carga e acima da velocidade da rodovia, que é de 80km/h. Segundo ele, a carga de milho que o veículo transportava era de 69 toneladas, nove acima do permitido para a via.

“Tinha uma placa a 2km antes do local do acidente dizendo que era 80km/h. O caminhão estava a 110km/h, ou seja, entre 20% e 50% do limite da via, uma infração grave”, disse.

Para o perito, o excesso de velocidade e peso dificultou que ele parasse e evitasse o acidente.

“Ele estava transitando pela contramão e começou a frear 30 metros antes do local do acidente. Porém, quando maior a velocidade e o peso, maior será a distância que o veículo para”, afirmou.

A reportagem não localizou as defesas do motorista e da empresa responsável pela carreta até a publicação desta matéria para posicionamento. Espaço segue aberto.

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