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Manicure denuncia “estelionato amoroso” e polícia investiga goiano

Joananes Monteiro diz que as acusações são falsas e se tratam de “vingança” pelo fato de o relacionamento não ter dado certo.

A manicure Jaquelinny Montalvão, 28 anos, denuncia o “ex”, Joananes Monteiro, corretor de Imóveis em Goiânia, com quem teve um relacionamento por cerca de três meses, por “estelionato amoroso”. Ele é investigado em denúncia que aponta que depois de ter “conquistado” a vítima, fez mudar de cidade, vender o carro, materiais de trabalho do salão próprio, entregar o dinheiro a ele. Ainda, segundo a vítima, ficar com metade do pagamento recebido pelo trabalho que ela conseguiu na Capital, além de fazer trabalhar de graça para ele.

Toda denúncia está detalhada num boletim de ocorrência que Jaquelinny registrou na Delegacia da Mulher, em Goiânia, além de conseguir medida protetiva em desfavor do acusado. A vítima ainda teve conhecimento de que a ex do corretor, identificada como K., passou por problemas semelhantes e também move processo contra o acusado.

De acordo com o relato, Jaquelinny e Joananes se conheceram por meio das redes sociais. Ela proprietária de um salão em Anápolis e ele corretor de imóveis em Goiânia.

Após um tempo de conversa e se conhecerem pessoalmente, Joananes apareceu com um buquê de flores no salão e pediu Jaquelinny em namoro, o que foi aceito. Com o relacionamento “sério”, ainda segundo a denúncia, o corretor começou a instigar a namorada para que deixasse a vida em Anápolis e se mudasse para Goiânia para que pudessem morar juntos, casar e constituir família.

Jaquelinny diz que, inicialmente, recusou, pois estava com seu salão montado, deslanchando na carreira e não poderia abandonar. Joananes, então, segundo a vítima, teria alegado que ela tinha muito mais chances de crescer na Capital, que ele ajudaria. Disse para “vender o salão” e com o dinheiro montar outro em Goiânia.

Encantada e no início do relacionamento, apaixonada, Jaquelinny confiou, fechou as portas e mudou para casa do namorado em Goiânia, quando foi pedida em casamento por ele.

Ela relata que, após a mudança, quando foi discutir para abrir o novo salão, Joananes pediu para que ela esperasse um pouco, pois, estava com dificuldades financeiras e pediu ajuda. No relato, a vítima conta que ele pediu para que ela vendesse o carro e emprestasse o dinheiro para que ele pudesse reerguer os negócios e, posteriormente, montasse o salão.

Jaquelinny concordou, já que acreditava estar ajudando o “noivo” para que os dois pudessem crescer juntos. Porém, disse que não ficaria sem trabalhar, conseguiu emprego num salão um pouco distante. O namorado começou a implicar até que ela desistisse desse emprego. Assim, ela conseguiu outro, próximo de casa, estava dando certo, até que ele, segundo a vítima, teria começado a implicar de novo, pediu que ela deixasse e começasse a trabalhar com ele. Ela concordou e os dois passaram a passar mais tempo juntos.
Ressalta ainda, que no tempo que trabalhou no salão em Goiânia, o acusado ficava sempre com a metade do pagamento dela, alegando que colocaria para render e quando o salão fosse montado devolveria.

Nesse período, ainda segundo ela, ele conseguiu convencer a vender todos os móveis do salão, que estavam guardados para serem colocados no novo. A desculpa era sempre para ajudar nos negócios, investir e juntar para abrir o novo salão na Capital.

Além de toda perda financeira, a denúncia relata que a convivência dentro de casa teria ficado insustentável, ele estaria proibindo de ter contato com as amigas e até mesmo com os pais.

Quando entrava no assunto para que ele devolvesse o dinheiro, as brigas ficavam sérias.

Jaquelinny relata na ocorrência que o acusado fazia violência psicológica e ameaças veladas, além de, durante as discussões, atacar a vítima para que ela se sentisse menor e menosprezada.

“Você não me conhece, já trabalhei para o governo, já matei muita gente, sei onde sua mãe mora, você não me conhece”, rela a vítima que Joananes teria dito para ela durante uma briga.

Jaquelinny conta também que saiu da casa do acusado na última sexta-feira (21), quando aconteceu a última briga e ele a mandou embora. Antes ela cobrou a dívida, mas ele negou assinar uma promissória e disse que se quisesse receber alguma coisa, que cobrasse na Justiça.

No dia seguinte, procurou a delegacia, relatou todo esse fato, denunciou o acusado e pediu medida protetiva. A Justiça expediu o mandato e desde então Joananes está proibido de se aproximar da vítima e familiares, mantendo distância obrigatória de no mínimo 300 metros, assim como também está proibido de fazer contato por qualquer meio de comunicação.

Ao G5News, a vítima relata que busca os reparos financeiros perdidos em decorrência do “relacionamento”, assim como levar a Justiça tomar medidas que impeçam que o acusado de continuar a fazer mulheres de vítimas, voltando a mencionar a ex.

Outro lado

Ao G5News, Joananes Monteiro diz que as acusações são falsas, em relação as duas mulheres. Ele conta que o fato se trata de “vingança” pelo fato de o relacionamento não ter dado certo.
Ele diz que nunca ouve nenhum tipo de agressão. Sobre “estelionato”, também nega e afirma que se elas quiseram vender seus bens e gastar “como bem entenderam” o problema é delas, já que o dinheiro era delas e são adultas.

Em toda conversa, ele insiste que se trata de “vingança”, com a intenção de destruir sua imagem e que vai atrás dos seus direitos para comprovar que é inocente das acusações.

Veja versão de Joananes na íntegra:

“Quero deixar claro que é uma situação que querem realmente me prejudicar por motivo torpe. Por motivo de vingança pelo fato de o relacionamento não ter dado certo. Simplesmente assim, uma vingança. Isso não existe e eu vou correr atrás dos meus direitos, é um absurdo o que elas estão fazendo comigo, absurdo sem tamanho. Eu sou defensor dos diretos da mulher, respeito, tenho mãe, tenho parentes femininos, amiga, e fazer o que estão fazendo comigo é simplesmente para destruir a minha imagem por motivo de vingança. Em nenhum momento teve algo parecido com violência. Elas estão denunciando estelionato e agressão contra elas, coisa que não houve, não aconteceu. Tanto a Jaquelinny, quanto a K., são adultas e vieram para minha casa porque quiseram, não foram obrigadas, não foram forçadas. Tiveram um relacionamento comigo por vontade delas e agora, por causa do término, estão fazendo isso. É uma violência gigantesca, tanto quanto essa Lei Maria da Penha. Elas estão me expondo por motivo de vingança, não tem outro motivo, real, cabível. A k. vendeu a casa por que quis. A Jaquelinny tinha o carro, os materiais de trabalho, ela vendeu porque quis, eu não obriguei, não obriguei ninguém a fazer nada. Se elas fizeram e gastaram o dinheiro como bem entenderam, o problema é delas porque o dinheiro é delas. Agora, falar que eu peguei, peguei emprestado é ridículo.”

fonte: g5news

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