Flávio e Carlos Bolsonaro criticaram o relatório do Coaf, divulgado nessa quinta (27/7). Para eles, trata-se de uma perseguição contra o pai.
Após o Conselho e Controle de Atividades (Coaf) divulgar um relatório, nessa quinta-feira (27/7), no qual mostra que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,2 milhões via transações por Pix em 2023, os filhos do ex-mandatário reagiram à quebra do sigilo bancário como “assassinato de reputação sem precedentes”.
Nas redes sociais, o filho 01 do ex-presidente e senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL), criticou o relatório, alegando suposta perseguição ao patriarca. “Na democracia relativa, quebram sigilo de todo mundo de maneira ilegal”, escreveu no Twitter.
“Um assassinato de reputação sem precedentes contra o melhor presidente que o Brasil já teve! Reviram tudo, não encontram nada e mais uma vez quebram a cara!. Nunca houve qualquer vazamento, quebra de sigilo ou exposição, sem embasamento, de nenhum ex-presidente na história do país, mas contra Bolsonaro vale tudo!”, reclamou Flávio.
O filho 02 de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), apenas republicou uma captura de tela da matéria do jornal Folha de S.Paulo, com a legenda: “Na democracia comunista relativa vale tudo! Já vivemos na Venezuela!”.
Na mesma linha de pensamento do irmão, Flávio sugeriu que o Brasil “está nos 100m rasos e sem barreiras” para se tornar Venezuela, Cuba ou Nicarágua.
Relatório do Coaf e apoio de seguidores
Em junho deste ano, bolsonaristas se juntaram em uma campanha para arrecadar dinheiro com o objetivo de ajudar Bolsonaro a quitar uma dívida ativa com o estado de São Paulo no valor de R$ 1.062.416,65 pelo não uso de máscara durante a pandemia da Covid-19.
Segundo o Coaf, só entre 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-presidente da República recebeu mais de 769 mil transações via Pix, que totalizaram R$ 17.196.005,80. Durante o mesmo período, Bolsonaro movimentou um total de R$ 18.498.532.
“Esses lançamentos, provavelmente, possuem relação com a notícia divulgada na mídia: apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro iniciaram uma campanha de arrecadação via Pix que parece ter surtido efeito”, diz trecho do relatório.
O Coaf detalha que o PL foi o responsável pela maior doação, no valor de R$ 47,8 mil feitos em dois lançamentos. Outros 18 nomes depositaram entre R$ 5 mil e 20 mil na conta do ex-presidente.
São empresários, advogados, pecuaristas, militares, agricultores, estudantes e duas pessoas identificadas pelo Coaf como “do lar”. Há ainda três empresas. Só uma delas depositou R$ 9.647 na conta do ex-presidente em 62 lançamentos.
fonte: metrópoles