Exclusivo: Hapvida faz médicos descumprir código de ética do CFM

Exclusivo: Hapvida faz médicos descumprir código de ética do CFM

O plano Hapvida contrata médicos para trabalhar no atendimento de seis a sete pacientes por hora. Segundo o código de ética do Conselho Federal de Medicina (CFM), o tempo necessário para uma consulta médica tem que ser o ideal para   o   médico   realizar   anamnese (colher o máximo de informações sobre o paciente), realizar o exame   físico, fazer o diagnóstico   e receitar o tratamento.

 

Em um plantão de 12 horas no plano de saúde Hapvida, médicos (as) chegam a atender, em média 72 pessoas. Cada paciente fica aproximadamente 10 minutos no consultório, deixando de cumprir as orientações do CFM, que disse “nenhum   órgão   ou   entidade   tem   competência   para definir este tempo”.

 

O médico que fez a denúncia preferiu não se identificar . Ele afirma que o plantão normal de um médico dura 12 horas, e que, o valor pago deve ser em média 2 mil reais para que ele atenda  de 12 a 15 pacientes. No entanto, a empresa Hapvida ofereceu ao profissional o valor de R$ 100 à 120 reais por hora,  para atender de 6 a 7 pessoas. Além  da pressão nos médicos para um atendimento de má qualidade,  a empresa também é acusada de pressionar os profissional para receitarem ‘kit Covid’.

 

Segundo o g1 médicos que trabalharam na Hapvida acusam a operadora de planos de saúde de pressionar os profissionais a receitarem o “kit Covid”, medicamentos ineficazes contra a doença. Após as acusações a empresa confirmou que solicitava a prescrição no início da pandemia quando alguns estudos falavam da eficácia dos medicamentos.

 

Até o fechamento desta matéria a empresa não se pronunciou sobre, mas o espaço está aberto.

Iasmim Marques

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