terça-feira , 12 novembro 2024

“Estou na UTI, não morri ainda”, diz Bolsonaro após ficar inelegível

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do programa Pânico, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira (3/7). Entre os assuntos, o ex-presidente falou sobre a inelegibilidade, os atos golpistas de 8 de janeiro, que também são investigados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), e a escolha de outro político de direita para se candidatar nas eleições de 2026.

Questionado sobre a inelegibilidade, o ex-presidente afirmou que não é justo que ele já declare apoio a algum outro nome da direita. “Não é justo, eu estou na UTI ainda, não morri ainda, alguém já querer dividir o meu espólio.”

O ex-presidente ainda criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. “Alexandre de Moraes me chama de mentiroso. Isso dói no coração da gente, eu não sou esse tipo de gente que ele acha que eu sou”, disse Bolsonaro, ao falar sobre o voto do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes.

Além disso, Bolsonaro questionou as acusações que tem recebido. Quanto ao quebra-quebra do dia 8 de janeiro, Jair Bolsonaro insistiu que a ação foi realizada por infiltrados.

“Quem fez o ato de vandalismo não foi o nosso pessoal, que nunca quebrou uma vidraça, não só nos últimos 4 anos, mas desde 2013”, reiterou o ex-presidente. “Lamentavelmente meu celular está com a Polícia Federal. (…) Também o telefone do [Mauro] Cid estava sendo bisbilhotado desde 2021. (…) Vou ser preso? Pelo amor de Deus. Com qual acusação? Esse ato de 8 de janeiro… em 2016 tentamos criminalizar a invasão de bens públicos e privados como se ato terrorista fosse. Nós aprovamos, Dilma vetou. Se tivesse sido aprovado, teriam sido enquadrados como terroristas, como alguns da imprensa chamam”, completou.

Inelegibilidade

Bolsonaro foi condenado à inelegibilidade por 8 anos na semana passada pelo TSE, em ação movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). A condenação ocorreu devido ao entendimento dos magistrados de que o ex-presidente cometeu abuso de poder com o objetivo de promoção de campanha eleitoral antecipada.

 

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