A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi liberada pouco depois do meio-dia desta sexta-feira (10), agentes do DF Legal começaram a tirar as barracas do local. A PM acompanhou a operação, sem intervir.
Após seis dias de uma ocupação organizada por caminhoneiros e manifestantes favoráveis ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a Eplanada foi desocupada nesta sexta-feira. Os manifestantes furaram um bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal na noite de segunda-feira (6), e se recusava a sair do local.
A via de acesso aos ministérios e aos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto havia sido fechada na noite de domingo (5), para os atos de 7 de Setembro.
O plano de segurança do governo do Distrito Federal não permitia a entrada de veículos no local. No entanto, mesmo com a presença da PM, o grupo retirou as grades de segurança e invadiu a Esplanada, onde ficou acampado até está sexta.
Os apoiadores estavam em Brasília para participar dos atos antidemocráticos convocados por Bolsonaro que, nesta quinta (9), divulgou um texto intitulado “Declaração à Nação” no qual diz que nunca teve “intenção de agredir quaisquer dos poderes”.
O que difere do grupo de apoio que ocupou a Esplanada, exibindo faixas, cartazes e gritando palavras de ordem contra o STF.Durante os seis dias, as vias N1 e S1 ficaram fechadas para o tráfego. As pessoas que trabalham na região precisaram se deslocar a pé.
No final da tarde de ontem, quinta-feira (9), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Joel Ilan Paciornik negou um pedido de habeas corpus feito pelos manifestantes, no qual solicitavam que a Corte proibisse o governo do Distrito Federal de usar forças policiais para retirá-los.
O pedido é de autoria de Wilson Issao Koressawa, que se apresenta como servidor público aposentado, em seu favor, e de outros 224 manifestantes. Com a decisão do STJ, na noite de quinta, parte do grupo começou a sair da Esplanada. No entanto, outros insistiam em permanecer.