Diretório estadual deve apurar fala de deputado que admitiu doações para acampamentos antidemocráticos, diz Bivar

Diretório estadual deve apurar fala de deputado que admitiu doações para acampamentos antidemocráticos, diz Bivar

Deputado goiano ironizou e disse que deveria estar preso por ter dado dinheiro e alimentos para pessoas em frente a quartéis. Amauri Ribeiro afirma que as falas foram tiradas de contexto.

O presidente nacional do União Brasil (UB), Luciano Bivar, afirmou que o diretório do partido em Goiás deve apurar as falas do deputado estadual Amauri Ribeiro sobre ter ajudado a financiar os atos de 8 de janeiro, em Brasília. O parlamentar admitiu ter feito doações para os acampamentos antidemocráticos que foram montados em frente a quartéis.

O g1 solicitou um posicionamento do deputado na tarde desta quinta-feira (8) sobre a fala do presidente, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. Após a repercussão do caso nesta quarta-feira (7), Ribeiro afirmou que as falas foram tiradas de contexto com o objetivo de associar ele aos atos criminosos (leia íntegra da nota no final da matéria).

A assessoria do governador Ronaldo Caiado (UB), que preside o diretório do partido em Goiás, para solicitar um posicionamento e aguarda retorno.

A fala do parlamentar aconteceu durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) na terça-feira (6), em meio a uma discussão com o deputado Mauro Rubem (PT).

O Bivar disse que o partido foi pego de surpresa com as alegações do parlamentar e que o diretório deve apurar se ele estava lúcido no momento em que deu as declarações. “É tão estapafúrdio que fica difícil de acreditar. Acredito que o diretório, que é presidido pelo Caiado, precisa ver o que realmente aconteceu para saber se isso é verdadeiro e se ele estava lúcido”, diz.

O presidente nacional do partido ainda destaca o papel do deputado diante de uma democracia. “O bem maior de uma democracia é o estado de direito e você querer acabar com as instituições do país e um deputado patrocinar um golpe, como se fossemos uma república de bananas, é difícil de acreditar”, afirma. Bivar diz ainda que o deputado é um réu confesso e que deveria ser condenado.

“Ele mesmo diz que financiou o golpe, que estimulou os atos antidemocráticos e que é um terrorista. É surreal esse comportamento de um político. Ele é um réu confesso e se os poderes institucionais estão investigando as pessoas que contribuíram para aquilo e ele admitiu que ajudou, certamente, ele deve sofrer as condenações legais”, finaliza.

“Eu ajudei a bancar quem estava lá […]. Eu ajudei, levei comida, levei água, dei dinheiro”, disse.
“Mandem me prender, eu sou um bandido, um terrorista, um canalha, na visão de vocês”, completou, em tom de ironia.

O deputado estadual Amauri Ribeiro esclarece que as suas falas foram retiradas de contexto com o claro e evidente objetivo de associar sua imagem aos atos criminosos que aconteceram em Brasília (08/01).

Como tem sido enfatizado em suas falas, o deputado destaca que é preciso separar em dois momentos os fatos que aconteceram no Brasil depois do resultado das últimas eleições.

1) amplamente divulgado pela mídia, as manifestações, em sua grande maioria, foram realizadas de forma pacífica por patriotas que permaneceram acampados na porta de quarteis e não cometeram nenhum tipo de crime. Pessoas que estavam ali exercendo o direito fundamental à livre manifestação previsto na nossa constituição.

2) sobre os crimes cometidos em Brasília, Amauri ribeiro enfatiza que sempre condenou e pediu punição para aqueles que cometeram atos de violência e depredação. Da mesma forma, o deputado destaca que aquelas pessoas que não cometeram nenhum tipo de crime e estão presas até hoje sejam soltas imediatamente.

Sobre a doação de pequena quantidade de água e alimentos aos patriotas, elas foram feitas até o dia 31 de dezembro para pais de família, mães, avós, crianças, que nunca cometeram nenhum crime e estavam ali lutando por seu país. Esse fato não tem nenhuma relação com os atos de vandalismo que aconteceram em Brasília.

 

fonte: g1

 

Isabele Brandão

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