Na última quinta-feira (7), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão, em Inhumas, e proibiu o diretor de se aproximar da aluna ou frequentar o colégio pelo período de 30 dias
Diretor de um colégio particular em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, é investigado pela Polícia Civil por assediar e importunar sexualmente uma estudante de 15 anos. Segundo as investigações, o diretor, cujo nome não foi divulgado, dava beijos na mão e no rosto da adolescente sem o consentimento, além de prometer recompensas, como o aumento de notas.
Em seu depoimento, o diretor negou as acusações e afirmou que tem uma “forma carinhosa de cumprimentar as pessoas”, de acordo com a polícia.
De acordo com as investigações, o diretor se aproveitava de seu cargo para importunar sexualmente a estudante, que é menor de idade. Ele a beijava nas mãos e no rosto sem permissão, dentro das dependências da instituição de ensino.
A vítima relatou à polícia que o homem também a constrangia, solicitando favores sexuais em troca de aumento de notas. Por meio de mensagens de texto, ele oferecia “aulas particulares” à menina e a ligava, sempre perguntando se ela estava sozinha.
Cansada da situação, a adolescente decidiu relatar o caso aos pais, que procuraram a delegacia para fazer a denúncia.
Na última quinta-feira (7), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão e proibiu o diretor de se aproximar da aluna ou frequentar o colégio pelo período de 30 dias. Caso ele descumpra essas medidas, poderá ser preso preventivamente.
O caso está em fase de conclusão, e o diretor deverá ser indiciado pelos crimes de importunação sexual e assédio sexual, com o agravante de ter praticado tais atos contra uma vítima menor de idade.
Até o momento, apenas outra estudante procurou a delegacia para denunciar os abusos cometidos pelo diretor. No entanto, o delegado Miguel Mota, responsável pela investigação, acredita que existem indícios de que o acusado tenha praticado os mesmos abusos com outras estudantes ao longo dos anos.
“Uma nova vítima já foi identificada, mas acredito que existam mais. Talvez elas estejam um pouco constrangidas ou tenham ficado constrangidas na ocasião de vir até a delegacia e relatar esse fato. No entanto, agora acredito que elas tomarão coragem para vir e relatar”, afirmou o delegado.
A polícia pretende abrir novas investigações contra o diretor do colégio, visando identificar e responsabilizar eventuais outras vítimas dos abusos cometidos por ele.
fonte: g5news