Dino afirma que houve “negação de socorro sanitário” a indígenas

Dino afirma que houve “negação de socorro sanitário” a indígenas

Após pedido de Dino, PF investigará crimes de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, peculato, corrupção contra a saúde indígena.

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou nesta segunda-feira (23/1) que as investigações sobre o caso dos indígenas Yanomamis abarcará agentes públicos e autoridades da gestão anterior devido à “negação de socorro sanitário” a essas populações.

“Houve negação de socorro sanitário a essas populações. Precisamos investigar ex-agentes públicos como ex-dirigentes de saúde indígena, ex-ministros, ex-presidentes de órgãos e outros”, disse. “Nós tivemos estímulo a garimpos ilegais pelo governo federal, inclusive uma visita de [Jair] Bolsonaro a um garimpo que não estava com sua situação regularizada na Justiça e foi noticiado pela imprensa”, declarou o ministro.

A declaração de Flávio Dino foi feita após um evento de lançamento de um programa voltando para atendimento a refugiados.

Nesta segunda, o ministro encaminhou à Polícia Federal (PF) um inquérito para acompanhar a situação do Yanomamis que deverá investigar: genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, peculato, corrupção contra a saúde indígena.

Fronteira
O ministro, durante a coletiva, esteve acompanhado de Sheilade Carvalho, presidente do Comitê Nacional para Refugiados, a situação dos indígenas de Roraima também será avaliada pelo aspecto fronteiriço da região, que faz divisa com a Venezuela. “Há um alto número de refugiados indígenas que entram na região e vamos considerar a questão de refúgio ou residência humanitária”, disse.

Refugiados
Em 2022, o Brasil concedeu refúgio a 1.720 pessoas que buscam segurança fora de seu país de origem. Há pedidos de 121 nacionalidades diferentes. A maioria (55%) é da Venezuela, apontam os dados da pasta por meio do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), que decide sobre os processos de reconhecimento, cassação e perda da condição de refugiado.

fonte: metrópoles

Isabele Brandão

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