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Despedida da rainha da sofrência Marília Mendonça em Goiânia

A cantora Marília Mendonça morreu precocemente, após um acidente de avião nessa sexta-feira (5), com apenas 26 anos de idade. A partida pegou familiares, fãs e amigos de surpresa. Mesmo assim todos fizeram questão de se despedir da artista. Seja por uma mensagem nas redes sociais, uma coroa de flores ou presencialmente, no velório, foram milhares de adeus sentidos e já cheios de saudade.

O velório da cantora, que começou às 13h, aconteceu em Goiânia, no Ginásio Goiânia Arena e foi aberto ao público e contou também com a presença de várias celebridades, como Jorge, da dupla com Mateus, Maiara e Maraisa, Luisa Sonza, Nayara Azevedo, Mateus e Kauan, Fernando Zor, Henrique e Juliano, Murilo Huff, ex-namorado da cantora, Cuiabano Lima e Di Paullo e Paulino.

No local também foi velado o tio e assessor da cantora, Abiceli Silveira.
O produtor da cantora, Henrique Ribeiro – conhecido como Henrique Bahia – também estava a bordo da aeronave. Ele será sepultado em Salvador no domingo (7).

Emoção na despedida de Marília Mendonça

O clima de emoção tomou conta do ginásio Goiânia Arena antes mesmo de a cerimônia começar. Fãs entoavam músicas da cantora do lado de fora, antes de abrirem os portões para o grande público.
O início do velório atrasou alguns minutos. A mãe de Marília Mendonça, Ruth Moreira, chegou depois que a cerimônia já tinha começado e, abalada, teve que ser amparada por amigos, como as cantoras Maiara e Maraisa.

 

O adeus dos fãs de Marília

Fãs de Goiânia, Goiás e de diferentes partes do Brasil fizeram questão de se despedirem pessoalmente de Marília Mendonça. Uma fila quilométrica começou a se formar na porta do Goiânia Arena assim que o local do velório foi confirmado, ainda na noite da sexta-feira (5).

Os admirados das mais de 320 músicas registradas da artista vieram de lugares como Curitiba e Porto Velho para a cerimônia.

Os fãs, que ficaram em uma fila de mais de um quilômetro sob o sol goianiense de mais de 30º, puderam entrar no ginásio das 13h às 16h30. Apesar do horário extenso, nem todos conseguiram entrar e permaneceram na porta para verem o caixão sair em cortejo, em cima do caminhão dos bombeiros. Assim, o último adeus foi dado.

Algumas pessoas também se aglomeraram na porta do Cemitério Parque Memorial, local onde Marília Mendonça e Abiceli Silveira foram sepultados após cerimônia reservada à família e amigos mais próximos.

O enterro dos corpos de Marília e Abicieli aconteceu por volta das 19h05 da noite. Não houve presença da imprensa, nem dos fãs, que ficaram do lado de fora do cemitério.
A Rainha da Sofrência.

Com músicas sobre experiências pessoais e letras que falavam diretamente com os ouvintes, Marília Mendonça começou a carreira aos 12 anos, escrevendo canções que foram cantadas por grandes nomes do mundo sertanejo.

Foi em 2015 que ela resolveu colocar a voz em jogo e desde então não parou mais. Logo tornou-se a Rainha da Sofrência e estourou a bolha do sertanejo. A artista ganhou públicos de todos os lugares e idades, até que chegou a hora de ela parar, mesmo sem saber.

Marília cantava o que as mulheres gostam de ouvir. Afinal, mulher sofre, mas mulher também supera, sai, bebe, tem amigas, se diverte, pode fazer o que quiser, é batalhadora, ama e é amada. E era isso que ela deixava claro em suas músicas e levantava a bandeira de que mulheres são incríveis e capazes.
Mesmo sem querer, ela fez história. Durante a pandemia Marília se destacou ainda mais. A primeira live da cantora, exibida diretamente de sua casa, marcou o YouTube e somou 3 milhões de visualizações, tornando-se a live mais vista da plataforma de vídeos.

Com seu sucesso durante toda a carreira, as portas do mundo sertanejo se abriram para as mulheres. Antes um mundo predominantemente masculino, o universo do estilo musical passou a abraçar e valorizar cada vez mais mulheres após a ascensão e apoio de Marília.

 

Por g1

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