quinta-feira , 14 novembro 2024

Covid em baixa: médicos explicam se já é seguro abandonar as máscaras

Especialistas explicam o que deve ser levado em consideração na hora de fazer a escolha de largar o item com segurança

Com a melhora no cenário epidemiológico da pandemia, tornou-se cada vez mais comum ver pessoas sem máscara na rua ou no trabalho. O uso do acessório de proteção contra o coronavírus virou praticamente uma exceção conforme os governos estaduais foram flexibilizando as medidas de restrição, optando primeiro por tornar o uso facultativo em ambientes abertos e, depois, nos fechados.

Nessa quarta-feira (17/8), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu mais um passo e decidiu pelo fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões.
Mas afinal de contas, as pessoas que continuam a usar máscara podem se sentir mais seguras para aposentar o item de proteção? Especialistas em saúde afirmam que o cenário é favorável, mas os casos ainda precisam ser avaliados individualmente.
A infectologista Joana D’arc Gonçalves, mestre em medicina tropical pela Universidade de Brasília (UnB), explica que ainda vivemos um momento de fragilidade por causa das pessoas que não se vacinaram e da possibilidade do surgimento de novas variantes. Porém, a situação do momento é de estabilidade, com taxa de transmissibilidade mais baixa e menor ocupação de leitos hospitalares.

No Distrito Federal, por exemplo, a taxa de transmissão do corona vírus na última terça-feira (16/8) era de 0,77, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde. Isso significa que para cada 100 pessoas doentes, 77 podem ser infectadas — o índice abaixo de um significa que o vírus está controlado.

“A gente acha que sim, é um um momento favorável à flexibilização por causa da estabilidade. Já é seguro ficar sem máscara, mas é uma dança. Dependendo do movimento, do nosso comportamento, se houver um excesso de exposição, de falta de cuidado e de não cumprimento do calendário vacinal, esse cenário muda”, afirma a médica.

 

Fonte: Metrópoles

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