sexta-feira , 22 novembro 2024

Corpo de delito afasta suspeita de que modelo trans tenha sido dopada antes de estupro

Resultado do corpo de delito ainda vai ser confrontado, para confirmação ou correção, com os resultados da perícia de dosagem alcoólica e toxicológica da PTC

Exame de corpo de delito pelo qual a modelo trans Jade Fernandes, 23 anos, passou no Instituto Médico-Legal (IML), não apresentou vestígios de uso excessivo de álcool e/ou drogas. O resultado vai contra à desconfiança da modelo, que acredita que pudesse ter sido dopada antes do estupro sofrido na madrugada da última sexta-feira (5), onde a vítima acusa o delegado da Polícia Civil de Goiás, Kleyton Manoel Dias.

Jade conseguiu medida protetiva, no dia 5 de janeiro, que obriga Kleyton Manoel a não se aproximar da modelo e da família dela a uma distância menor do que 300 metros.

No entanto, o resultado do corpo de delito ainda vai ser confrontado, para confirmação ou correção, com os resultados da perícia de dosagem alcoólica e toxicológica, da Polícia Técnico-Científica (PTC), em que Jade também foi submetida.

Outro laudo pericial confirmou que a miss foi vítima de estupro, resultando em uma lesão profunda e sangramento contínuo por dias. O documento já foi encaminhado para a Polícia Civil, que está investigando o caso.

A polícia ainda aguarda o resultado de uma perícia no carro do delegado, onde Jade denuncia ter sido abusada, para confirmar a autoria do crime. Segundo a defesa da vítima, outro exame foi realizado com o objetivo de identificar se Jade foi ou não dopada.

O caso, segundo a denúncia da modelo, ocorreu após uma festa em uma boate de Goiânia, onde o delegado teria oferecido carona para a jovem.

Em nota, o delegado Kleyton Manoel Dias repudiou as acusações e afirmou que se coloca à disposição das autoridades na investigação do caso. Ele também declarou que “irá provar sua inocência” e que está “muito abalado com o ocorrido”. Ele foi afastado de suas funções como delegado e transferido para trabalhos administrativos.

O caso é investigado em segredo de Justiça. O inquérito é conduzido pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), que, em nota, informa que “em razão de as investigações correrem em segredo, a instituição não pode repassar as informações” e que “todas as providências sobre o caso estão sendo adotadas”.

A Corregedoria também acompanha o andamento das investigações.

fonte: g5news

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