Resultado do corpo de delito ainda vai ser confrontado, para confirmação ou correção, com os resultados da perícia de dosagem alcoólica e toxicológica da PTC
Exame de corpo de delito pelo qual a modelo trans Jade Fernandes, 23 anos, passou no Instituto Médico-Legal (IML), não apresentou vestígios de uso excessivo de álcool e/ou drogas. O resultado vai contra à desconfiança da modelo, que acredita que pudesse ter sido dopada antes do estupro sofrido na madrugada da última sexta-feira (5), onde a vítima acusa o delegado da Polícia Civil de Goiás, Kleyton Manoel Dias.
Jade conseguiu medida protetiva, no dia 5 de janeiro, que obriga Kleyton Manoel a não se aproximar da modelo e da família dela a uma distância menor do que 300 metros.
No entanto, o resultado do corpo de delito ainda vai ser confrontado, para confirmação ou correção, com os resultados da perícia de dosagem alcoólica e toxicológica, da Polícia Técnico-Científica (PTC), em que Jade também foi submetida.
Outro laudo pericial confirmou que a miss foi vítima de estupro, resultando em uma lesão profunda e sangramento contínuo por dias. O documento já foi encaminhado para a Polícia Civil, que está investigando o caso.
A polícia ainda aguarda o resultado de uma perícia no carro do delegado, onde Jade denuncia ter sido abusada, para confirmar a autoria do crime. Segundo a defesa da vítima, outro exame foi realizado com o objetivo de identificar se Jade foi ou não dopada.
O caso, segundo a denúncia da modelo, ocorreu após uma festa em uma boate de Goiânia, onde o delegado teria oferecido carona para a jovem.
Em nota, o delegado Kleyton Manoel Dias repudiou as acusações e afirmou que se coloca à disposição das autoridades na investigação do caso. Ele também declarou que “irá provar sua inocência” e que está “muito abalado com o ocorrido”. Ele foi afastado de suas funções como delegado e transferido para trabalhos administrativos.
O caso é investigado em segredo de Justiça. O inquérito é conduzido pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), que, em nota, informa que “em razão de as investigações correrem em segredo, a instituição não pode repassar as informações” e que “todas as providências sobre o caso estão sendo adotadas”.
A Corregedoria também acompanha o andamento das investigações.
fonte: g5news