sexta-feira , 22 novembro 2024

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Cooperativas registraram “boom econômico” e já representam quase 11% do PIB goiano

O setor cresceu sete vezes mais Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e a previsão é subir o faturamento para R$ 50 bilhões até 2027.

As receitas das 260 cooperativas goianas registraram um recorde e ultrapassaram a marca dos R$ 30,9 bilhões no ano passado, representando um crescimento de 47%. Esses dados foram divulgados pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) em seu Anuário do Cooperativismo 2023, em Goiás, nesta semana.

Com esse crescimento, o setor cooperativo já representa quase 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que encerrou o ano de 2022 com R$ 279,5 bilhões.

Segundo o presidente do Sistema OCB Goiás, Luís Alberto Pereira, que comentou sobre o cenário pós-pandemia, a projeção inicial para o cooperativismo goiano era de uma receita de R$ 24,2 bilhões. No entanto, houve um incremento surpreendente de R$ 6,6 bilhões, ou seja, os números foram superados em 28%.

 

“Originalmente projetamos um aumento médio de 20% ao ano nas receitas, mas agora acreditamos que devemos atingir essa meta em 2026, um ano antes”, afirmou Luís Alberto, destacando que as 260 cooperativas do estado tiveram um crescimento mais expressivo em comparação com as outras quatro mil unidades espalhadas pelo país.

 

Impulsionado pelo agronegócio, o cooperativismo goiano também registrou um aumento no número de associados. Os dados mostram que o setor aumentou em 21%, em relação a 2021, alcançando a marca de 464,2 mil cooperados.

 

Luís Alberto ressaltou que esses números demonstram que o cooperativismo tem se consolidado em todo o país, principalmente em Goiás. A meta agora, segundo o presidente da OCB/GO, é atingir 600 mil cooperados até 2027 e alcançar um faturamento de R$ 50 bilhões.

“É claro que isso dependerá muito do desenvolvimento econômico do Brasil, mas estamos otimistas, já que o cenário futuro tem se mostrado mais positivo”, pontuou.

É importante destacar que os ativos das cooperativas, ou seja, o capital que viabiliza a execução do trabalho, cresceram de R$ 41 bilhões para R$ 50,2 bilhões, representando um aumento de 22%. As sobras, que correspondem aos lucros das empresas e são distribuídas aos associados, cresceram de R$ 2 bilhões para R$ 2,764 bilhões entre os dois anos, um aumento de 36% no ano passado.

O ramo da agropecuária é o que possui o maior número de cooperativas, correspondendo a cerca de 32% do total, com 82 cooperativas (uma a mais do que em 2021). Em segundo lugar, está o setor de transportes, com 50 cooperativas (duas a menos), representando 19% do total.

O terceiro ramo em destaque é o da saúde, com 44 cooperativas (duas a mais), representando 17% do total de unidades em atividade. Em seguida, encontra-se o ramo do crédito, com 32 cooperativas goianas (duas a menos do que em 2021), totalizando 12% do total no estado.

Os demais ramos incluem Trabalho, Produção de Bens e Serviços (25 cooperativas, com um crescimento de 32%), Infraestrutura (15 cooperativas, com um aumento de 25%) e Consumo (12 unidades, mantendo a mesma quantidade de 2021).

 

fonte: g5news

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