domingo , 10 novembro 2024

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Como está a disputa entre Bolsonaro e Lula pelo apoio das maiores entidades empresariais

As campanhas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm promovido uma série de encontros com representantes das principais entidades do setor produtivo no intuito de angariar apoio para a disputa presidencial deste ano. Até o momento, entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estão entre as mais cortejadas pelos dois pré-candidatos.
No núcleo de campanha de Bolsonaro, por exemplo, a avaliação é de que o presidente vai conseguir manter o apoio que recebeu em 2018 das principais lideranças do empresariado e do mercado financeiro. Em contrapartida, a campanha de Lula sinaliza que já conseguiu reduzir as resistências em boa parte do meio empresarial.
As entidades, no entanto, não devem declarar apoio formal para nenhuma candidatura. Mas, na avaliação de políticos envolvidos nas conversas, os encontros servem para mensurar a adesão por parte dos integrantes dos setores econômicos.
Recentemente, por exemplo, Bolsonaro aproveitou a ausência de Lula na sabatina promovida pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) para criticar o petista diante de empresários do setor. No encontro, Bolsonaro foi aplaudido diversas vezes ao falar sobre temas como como titulação de terras a membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ideologia de gênero.

Ainda durante sua participação no evento da CNI, Bolsonaro prometeu recriar o Ministério da Indústria e do Comércio, que em 2019 foi incorporada ao Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes. “Pretendemos, em havendo uma reeleição, recriar o Ministério Indústria e Comércio, cujo ministro seria indicado pelos senhores, com o perfil dos senhores, para exatamente ter liberdade para trabalhar”, prometeu Bolsonaro.

Apesar da recusa de Lula em participar da sabatina da CNI, integrantes do núcleo de campanha do PT admitem que o ex-presidente tem promovido encontros privados com representantes da entidade. Reservadamente, líderes petistas avaliam que o setor da indústria será determinante para a retomada econômica e, por isso, o diálogo com o setor é uma das prioridades da campanha de Lula. Assim como Bolsonaro, Lula também já indicou que pretende recriar uma pasta própria para atender o segmento.

Lula tenta diminuir apoio de Bolsonaro dentro da Fiesp
Em outra frente, a campanha do ex-presidente Lula lançou uma ofensiva para tentar diminuir o apoio do presidente Bolsonaro junto aos integrantes da Fiesp – a maior federação empresarial do país. Na semana passada, o petista almoçou com banqueiros e empresários na sede da entidade em São Paulo.

Fonte: Gazeta do povo

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