quinta-feira , 14 novembro 2024

Chacina no DF: motivação dos assassinatos foi terreno de R$ 2 milhões, diz polícia

Na chácara desejada pelos criminosos, moravam Marcos Antônio Lopes de Oliveira, a mulher e uma filha. Quatro suspeitos vão responder por seis crimes.

Na manhã desta sexta-feira (27), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que os assassinatos contra as dez pessoas da família da cabeleireira Elizamar da Silva, de 39 anos, foram motivados por terras em que parte da família morava.

Segundo o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, a motivação do grupo — formado por Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Fabrício Silva Canhedo e Carlomam dos Santos Nogueira — era a chácara, avaliada em R$ 2 milhões. Carlos Henrique Alves da Silva e um adolescente também participaram do crime.
No terreno, moravam Marcos Antônio Lopes de Oliveira, Renata Juliene Belchior e Gabriela Belchior. Eles eram sogro, sogra e cunhada da cabeleireira, respectivamente. Os suspeitos Gideon e Horácio também moravam no local, a convite de Marcos, segundo a Polícia Civil.

As investigações apontam que o crime começou em 28 de dezembro do ano passado. Além do terreno, o grupo queria R$ 200 mil obtidos por Cláudia Regina Marques de Oliveira — ex-mulher de Marcos Antônio — com a venda de uma casa.

Membros da família também foram mantidos em cativeiro e obrigados a passar dados pessoais sobre contas bancárias e cartões de crédito para os criminosos, segundo os investigadores.

De acordo com a polícia, Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa e Carlomam dos Santos Nogueira eram os principais articuladores dos crimes. Já Fabrício Silva Canhedo era responsável por cuidar das vítimas que ficavam no cativeiro.

A Polícia Civil afirma que o adolescente foi chamado para participar da primeira parte do crime, quando Marcos Antônio foi morto, e Renata e Gabriela foram sequestradas. Ele teria desistido de continuar no esquema por causa da crueldade do crime, segundo o delegado Ricardo Viana.

Em seguida, eles sequestraram Claudia Regina e a filha dela e de Marcos, Ana Beatriz Oliveira. Por fim, atraíram Thiago, a esposa Elizamar e os três filhos deles. Todos foram mortos em diferentes momentos, ao longo dos dias em que ficaram sob ameaça dos criminosos.

A polícia afirma que o quinto suspeito, Carlos Henrique Alves da Silva, conhecido como Galego, participou do sequestro e da morte de Thiago. Segundo os investigadores, os quatro principais envolvidos, Gideon, Carlomam, Horácio e Fabrício serão investigados pelos crimes de:

ocultação/destruição de cadáver
extorsão mediante sequestro com resultado morte
homicídio qualificado (5 vezes)
latrocínio
associação criminosa qualificada
corrupção de menor qualificada
Somadas as penas variam entre 190 a 340 anos de prisão, de acordo com a corporação. Carlos Henrique deve responder pelo crime de homicídio, enquanto a responsabilização do adolescente será decidida pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA I), na Asa Norte.

 

 

fonte: g1

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