Ao pedir licença da Fundação Nacional do Índio (Funai), em dezembro de 2019, o indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira relatou um clima de tensão e de fragilidade do órgão, em meio à necessidade de cuidar da família. O Metrópoles teve acesso a memorando assinado pelo indigenista em que pede o afastamento do órgão.
A licença foi solicitada logo após Bruno Pereira ser exonerado da função de coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Diretoria de Proteção Territorial da Funai. A dispensa ocorreu em outubro de 2019, assinada pelo então secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Pontel de Souza.
Cerca de dois anos e meio depois, o indigenista e o jornalista inglês Dom Phillips foram assassinados durante uma viagem ao Vale do Javari. O crime ocorreu no último dia 5 de junho. Três homens foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos homicídios.
Fonte: Metrópoles