Cantor e esposa denunciam que foram agredidos por policial militar, em Senador Canedo

Cantor e esposa denunciam que foram agredidos por policial militar, em Senador Canedo

 

O cantor Warley Carvalho, de 35 anos, e a esposa dele, a servidora pública Deborah Coelho, 23, denunciaram à Polícia Militar que foram torturados por um tenente da corporação em Senador Canedo. O casal gravou um vídeo mostrando os ferimentos que sofreu e relatando o que aconteceu.

 

Segundo o cantor, as agressões aconteceram nos dias 3 e 4 de setembro, mas só agora ele decidiu expor o caso como tentativa de se proteger, porque está com medo.

 

O cantor disse que a empresa onde prestava serviço o chamou para conversar no último dia 3 de setembro porque um cliente havia reclamado, por e-mail, que uma das entregas feitas por Warley chegou com 2 mil litros de diesel a menos.

 

“Quando isso aconteceu todo mundo ficou desesperado pensando que iam perder cliente. A dona chamou o marido, que é tenente da PM. Eu estava na empresa aguardando, achando que iriamos conversar, mas ele já chegou me algemando com os braços para trás”, relatou.

 

Warley disse que, por causa da pandemia da Covid-19, comprou um caminhão com um sócio para começar a fazer entregas de combustíveis, já que o ramo de entretenimento ficou muito comprometido. Ele contou que passou a prestar serviço a uma nesta empresa onde o irmão dele é gerente.

 

O policial militar acusado da agressão não foi localizado para fazer uma posição sobre o caso. A reportagem solicitou à Polícia Militar uma nota, e aguarda retorno.

 

A Polícia Civil informou que está investigando o caso, que o policial militar já foi ouvido, assim como algumas testemunhas, mas que o delegado responsável não deve falar sobre as apurações antes de segunda-feira (20).

 

Em nota, a Transportadora Mundial, que é citada nos documentos, disse que está à disposição para prestar esclarecimentos e que “tem as provas do furto ocorrido”. A nota informou ainda que o procedimento judicial encontra-se em curso e que a empresa tomará as medidas judiciais cabíveis, pois “a realidade dos fatos está sendo distorcida”.

Iasmim Marques