Militantes bolsonaristas que não aceitam a eleição de Lula estão brigando sobre seguir na frente do QG do Exército ou marchar na Esplanada.
A confiança dos militantes bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições começa a dar sinais de desgaste após semanas de promessas não cumpridas e de notícias falsas sobre um “xeque-mate” contra a Justiça Eleitoral. Sem fatos novos que segurem a esperança em uma virada de mesa para evitar que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suba a rampa do Palácio do Planalto, os brasileiros que se mobilizam na internet, em rodovias e na frente de quartéis já expõem divergências e veem a coesão da mobilização se fragilizar.
Os bolsonaristas estão se desentendendo sobre os próximos passos do movimento de contestação da vitória de Lula e dos pedidos por uma intervenção militar que impeça a diplomação do petista pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essas divergências começam a se intensificar após semanas de expectativas plantadas sobre ações iminentes dos militares ou do próprio presidente não reeleito Jair Bolsonaro (PL).
Foram tantas promessas de um desfecho em “no máximo 72 horas” que um contingente crescente de militantes começa a desconfiar das mensagens apócrifas que circulam em enorme fluxo nos grupos bolsonaristas dos aplicativos de troca de mensagens, como Telegram e WhatsApp.
Os militantes estão, desde o último domingo (27/11), discutindo acaloradamente sobre manter as mobilizações só na frente dos quartéis ou ampliar os atos para tentar impedir que eles percam força por inanição.
Fonte: metrópoles