quinta-feira , 14 novembro 2024

Caiado pede impeachment ao desembargador que sugeriu fim da Polícia Militar de Goiás

Em um longo vídeo, Caiado desabafou e disparou contra magistrado

Em meio a viagem para a China, onde passará os próximos dias em missão internacional, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) não poupou de críticas o desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e disse nesta quarta-feira (01/11) que a fala do jurista deve ser avaliada pelo Conselho de Ética do judiciário e culminar num eventual impeachment.

A fala acontece em reação após um vídeo de Adriano viralizar nas redes sociais. Ele sugeria o fim da Polícia Militar. “Para mim tem que acabar com a PM e instituir uma forma diferente na área da investigação e da repressão a crimes. A PM deve ser reserva técnica do exército e enfrentar inimigo”, destacou deixando claro que tratava-se de uma opinião.

Caiado num longo vídeo classificou a fala do desembargador como “agressiva” e equiparou-a a um “verdadeiro crime” contra a instituição. Por pelo menos duas vezes, disse que tinha orgulho de comandá-la. “Você deveria conhecer a Constituição Brasileira”, provocou dizendo que a PM tinha bênçãos constitucionais para garantir o Estado Democrático de Direito

O governador chegou a fazer insinuações contra o desembargador. “Neste momento em que você pede a extinção da PM de Goiás você atenta contra o Estado Democrático de Direito ou você está cooptado por outras forças do crime em nosso estado”, destacou salientando que suas declarações não eram desrespeitosas ao Tribunal de Justiça. Por isso, pedia apuração com relação à fala do desembargador.

“Sempre respeitei o Tribunal de Justiça e sei que o TJ não tem conivência com sua fala. A sua fala deve ser avaliada pelo Conselho de Ética do Tribunal de Justiça que deve lhe impor o impeachment por que você não tem qualidades mínimas com título de desembargador”, disparou. Caiado completou a fala dizendo que a Procuradoria-Geral do Estado já estava tomando as devidas providências. “Que as penas sejam ali muito bem aplicadas num cidadão que não tem qualificação para ser desembargador de Goiás”, completou.

 

 

 

fonte: maisgoias

 

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