A mais instigante história de fuga de Goiás que não deixa ninguém esquecer aconteceu entre setembro de 1995 e dezembro de 1996.
O personagem chamava-se Leonardo Rodrigues Pareja. Com olhos verdes e pinta de ator da Rede Globo, ele tinha 22 anos quando teve o rosto estampado em todos os jornais do Brasil. Seu nome era constantemente dito em rádios e em plantões de emissoras de televisão.
Ao contrário do personagem atual, Lázaro Barbosa, Pareja, em sua atuação, dava até entrevistas. Em quase um ano, o goiano esteve à frente de sequestro, assalto e até rebelião no Cepaigo – hoje Centro de Prisão Provisória, CPP.
Pareja conseguiu organizar uma fuga em massa após comandar um sequestro de autoridades – entre diretores, promotores, delegados, coronéis da PM e até o então presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Homero Sabino de Freitas.
Em seu histórico criminoso, Pareja, em uma das fugas pelo Brasil, sequestrou a sobrinha do poderosíssimo Antônio Carlos Magalhães (ACM).
É impossível não acompanhar o caso do mateiro – e matador – Lázaro e não associá-lo, ou pelo menos sua coragem, ao perfil de Leonardo Pareja.