Apesar da legislação do tribunal, defensores dos candidatos encontram formas de veicular e manter posts falsos com milhares de visualizações
Em um dos cenários mais acirrados desde a redemocratização, a corrida eleitoral se transformou em um verdadeiro campo minado de notícias falsas e informações retiradas de contexto. Apoiadores de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) contrariam decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao encontrarem formas de burlar a legislação e manter no ar conteúdos falsos, com milhares de visualizações.
Desde junho, a Corte recebeu pelo menos 21,8 mil denúncias de notícias falsas, descontextualizadas ou manipuladas sobre o processo eleitoral brasileiro. Os dois candidatos também transformaram a Justiça em um campo de batalha: mais de 130 ações tramitam devido a acusações mútuas.
O volume e a velocidade dos ataques têm impossibilitado o controle de desinformação por parte da Justiça Eleitoral. Apesar da atuação dos ministros, as decisões têm sido frequentemente desrespeitadas. Enquanto o TSE determina a remoção de uma publicação da rede social de um candidato ou perfil específico, o mesmo conteúdo é replicado por dezenas de apoiadores.
É o caso da divulgação do conteúdo em que Bolsonaro é associado ao consumo de carne humana. Embora o TSE tenha proibido a divulgação na campanha de Lula, o vídeo pode ser encontrado facilmente em diversas plataformas.
Fonte: metrópoles