A Sharia é o sistema jurídico do Islã. É um conjunto de normas derivado de orientações do Corão, falas e condutas do profeta Maomé e jurisprudência das fatwas – pronunciamentos legais de estudiosos do Islã. Em uma tradução literal, Sharia significa “o caminho claro para a água”.
A Sharia serve como diretriz para a vida que todos os muçulmanos deveriam seguir. Elas incluem orações diárias, jejum e doações para os pobres.
O código tem disposições sobre todos os aspectos da vida cotidiana, incluindo direito de família, negócios e finanças.
A lei determina que homens e mulheres precisam se vestir “com modéstia”. O que isso quer dizer na prática pode variar muito, mas em geral significa que as mulheres precisam cobrir no mínimo os cabelos. É comum que os espaços sejam separados por gênero.
A lei também pode conter punições severas. O roubo, por exemplo, pode ser punido com a amputação da mão do condenado. O adultério pode levar à pena de morte – por apedrejamento.
A Organização das Nações Unidas (ONU) condena esse tipo de punição e afirma que apedrejamentos são um tipo de “tortura’, um tratamento “cruel, desumano e degradante, e portanto claramente proibidos”.
No entanto, a rigidez da Sharia e a forma como ela é aplicada pode variar ao redor do mundo.
Nem todos os países muçulmanos adotam esse tipo de punição e pesquisas indicaram que a opinião dos religiosos quanto a elas varia bastante ao redor do mundo.
Tariq Ramadan, um estudioso muçulmano na Europa, advoga pelo fim dos castigos corporais no mundo islâmico, argumentando que as situações sociais em que eles foram criados já não existem mais.
Mulheres que fugiram de áreas controladas pelos fundamentalistas dizem que as novas regras já estão sendo impostas pelo grupo.