maisgoias A advogada Danielle Nava, que trabalha e mora em Anápolis, criou a “Almofada Legal” com o intuito de ajudar crianças e adolescentes a identificar e denunciar abuso sexual sofrido por elas. O brinquedo já foi distribuído em unidades do Conselho Tutelar, escolas e também é vendido a preço de custo (R$ 10) para interessados.
Danielle conta que já foi vítima de estupro quando era criança. Ela também trabalhou em vários casos parecidos com o dela. Percebia que as crianças eram negligenciadas e que muitos casos não eram denunciados à polícia.
Um certo dia, Danielle teve a ideia de criar algo em que as crianças se identificassem e, desta forma, conseguissem denunciar os crimes, que na maioria das vezes nem a própria família tem conhecimento.
Ela diz que fez cinco modelos, mas nenhum deles a agradava. Na sexta tentativa, ela “pediu para que Deus que a iluminasse” e para que o projeto saísse do papel. Foi então que ela criou as almofadas da Carol e do Dudu.
No objeto, há um X identificando em quais partes as pessoas não podem tocar – que é na boca, pescoço, seios barriga, região genital e joelho. Na parte de trás da almofada, há orientações sobre os toques em cada área do corpo e o que a criança deve fazer em caso de desrespeito ou desconforto.
Confecção da almofada
Danielle não só criou o projeto, mas também estampa e costura todas as almofadas. Os custos também são todos por sua conta. No total, segundo a advogada, já foram distribuídas carca de 400 almofadas em escolas, unidades do Conselho Tutelar e para pessoas que têm filhos.
A advogada relata que não tem apoio de patrocinadores e nem do governo ou prefeitura. Os objetos são distribuídos gratuitamente para quem não tem condições de comprar e a R$ 10 para quem puder pagar.
fonte: maisgoias