Ainda este mês os calhamaços do Plano Diretor devem chegar à mesa do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). É a chance que Goiânia tem de ter um ordenamento geográfico claro, prático e responsável. E não essa coisa que se arrasta desde 2017 e que nos encabula a cada vez que é, deixada de mão, entre a Câmara e o Paço.
Os impactos da discussão sem fim reverbera diretamente na vida do goianiense. Ou seja, não se trata de um debate intensamente técnico. É preciso se discutir a cidade como se a cidade fosse algo realmente nosso, próximo e importante.
O ex-diretor legislativo da Câmara de Goiânia Rogério Paz Lima trabalhou diretamente com o Plano Diretor anterior, quando exercia o cargo durante o mandato do vereador Deivison Costa como presidente da Casa, quando auxiliou o então relator da proposta de Plano Diretor, Elias Vaz. Voltou a ocupar a mesma diretoria em 2015, com Anselmo Pereira. Com a experiência de atuação no Legislativo, ele considera que a transparência na condução da votação deve ser condição sine qua non para o trâmite. “A população discutiu o projeto que foi para a primeira votação, não as emendas a ele. Caso não ocorra novamente uma forma de participação da sociedade civil – como por meio de audiências públicas –, o Ministério Público pode entrar de novo para garantir esse direito”, diz ele, que é também advogado.