sexta-feira , 22 novembro 2024

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Ex-funcionários acusam vice-prefeita de Luziânia de fazer “rachadinha” em gabinete

O jornalista Messias da Gente, apresentador do programa Goiás Agora, PUC TV, foi ao município apurar as denúncias e ouviu Diretora Ana. Ela nega tudo.

Ex-funcionários da vice-prefeita de Luziânia (Entorno do Distrito Federal), Ana Lúcia de Souza, conhecida como Diretora Ana (PSC), denunciam falta de salários, más condições de trabalho, assédio moral e até mesmo, suposto, esquema de rachadinha no gabinete de Ana quando vereadora. O jornalista Messias da Gente, apresentador do programa Goiás Agora, PUC TV, foi ao município apurar as denúncias, questionar e ouvir a versão da “acusada” sobre os fatos.

Diretora Ana foi vereadora por dois mandatos e eleita vice-prefeita ao lado de Diego Sorgatto (UB), reeleito prefeito de Luziânia em 2020. Contudo, após três meses de gestão, rompeu com o mandatário e tornou-se oposição. Nos bastidores, a análise é de que o rompimento foi articulado para que Ana pudesse colocar em prática o plano de concorrer à prefeitura em 2024, deixando de lado o compromisso que assumiu quando aceitou o convite para ser vice e caminhar junto ao prefeito em prol da cidade e da população.

Em nota, a prefeitura de Luziânia disse não haver nenhuma indisposição com a vice-prefeita, mas ressaltou a posição independente da gestora.

“Em janeiro de 2020, a mesma foi nomeada como Administradora do Distrito do Jardim Ingá, seu reduto eleitoral, e lhe foi dado todo apoio para que exercesse a função”, explicou.

As denúncias contra a Diretora Ana são de funcionários que a acompanham durante a carreira política.

Denúncias de assédio
Fernanda Damasceno de Oliveira diz que trabalhou com Ana Lúcia por seis anos.

“As condições de trabalho chegaram ao ponto de serem desumanas. Só tinha horário para entrar, não tinha horário para sair, para almoçar e ir para casa , Quando chegava em casa o trabalho se estendia”, diz a ex-funcionária.

Segundo ela, os funcionários foram levados à exaustão, até que ela não aguentaram mais.

“Eu decidi sair porque isso estava afetando minha vida, tanto com meu marido quanto com minhas filhas, já que não tinha mais convívio. Ela prega alguma coisa na internet da qual ela não é. Ela é podre como ser humano, não é uma boa pessoa”, disparou a mulher, em tom de revolta.

“Ela vende que é a boa samaritana, a mulher que se importa com o povo, mas por trás o interesse é só o poder. Uma vez ela usou a seguinte frase: ‘enquanto eu for a vítima, o povo gosta’. O prefeito já se dispôs a ajudar no gabinete dela, mas ela dizia que o discurso de vítima comovia o povo”, pontuou.

Rachadinha
Além das condições denunciadas, Fernanda contou à reportagem que dentro do gabinete, era comum haver suposto esquema de “rachadinha”.

“Esse dinheiro passava pelo advogado de gabinete dela, que é amigo dela e depois eles faziam PIX pra gente. Alguns recebiam menos de um salário, o que pela lei é errado”. De acordo com ela, houve um acordo na Justiça com os demais funcionários para o pagamento dos valores.

Outros ex-funcionários entraram na Justiça contra Ana Lúcia. Há registros de reclamações trabalhistas no valor de R$ 16 mil, R$ 14 mil e R$ 12 mil.

“Eu trabalhei com ela no período de um ano e três meses, fui mandada embora, não tive férias, nem décimo terceiro, nem nada”, justificou a ação umas das ex-empregadas.

Outro lado
O jornalista Messias da Gente foi ao Gabinete Popular, da Diretora Ana, que fica no Jardim Ingá, e questionou as alegações dos ex-funcionários. Ela nega tudo.

“Você acha que se eu fosse uma má chefe funcionários estariam comigo há oito anos? Você sabe onde estão esses funcionários hoje? No gabinete do prefeito. Quando vieram trabalhar comigo, tinham ciência de que eu não tinha condições de mantê-los com carteira assinada. Eu to nessa situação, quem quer ficar? E eles falaram: ‘eu quero ficar com você porque a gente acredita no projeto maior’”, argumentou ela.

A diretora Ana continuou: “Eu tinha necessidade e eles não eram funcionários, estavam aqui comigo trabalhando em prol de um objetivo. Tinham salário, receberam no ano passado o 13º terceiro. Eu não fiquei devendo”, tentou se defender. “Ficaram oito, dez, quinze anos comigo, porque eu vim tratar eles mal esse ano, depois que receberam proposta e foram trabalhar no gabinete do prefeito?” aponta ela.

 

 

fonte: g5news e Goiás Agora

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