Ministério da Saúde quer nova licitação para contrato investigado na CPI

Ministério da Saúde quer nova licitação para contrato investigado na CPI

VTC Log, contratada na Saúde, é alvo de inquérito no Ministério Público Federal após CPI da Covid recomendar indiciamento por corrupção.

O governo Lula mantém até hoje contratos com a VTC Log, empresa de logística alvo da CPI da Covid, cujos donos são investigados por corrupção pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal.

A CPI da Covid revelou que, no governo Jair Bolsonaro, o ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias teve boletos em seu nome pagos pela empresa. Também apontou que depósitos de dinheiro feitos por um motoboy da firma teriam beneficiado Dias, além de indícios de superfaturamento e beneficiamento ilegal em contratos.

A CPI recomendou o indiciamento dos donos da VTC Log por corrupção ativa e improbidade administrativa, e de Roberto Ferreira Dias por corrupção passiva. O Ministério Público Federal tem um inquérito em andamento para apurar os fatos, assim como a Polícia Federal.

Tanto o governo Jair Bolsonaro quando o Lula, porém, seguiram fazendo pagamentos normalmente à empresa. A VTC Log recebeu R$ 394 milhões do governo federal em 2022 e R$ 129 milhões nos quatro primeiros meses de 2023. Quase todos os recursos saíram do Ministério da Saúde.

Procurado, o Ministério da Saúde disse que paralisar o serviço traria riscos à população, mas afirmou que está ciente dos problemas no atual contrato e está trabalhando para realizar uma nova licitação.

“Diante das investigações e fragilidades na execução contratual com a empresa citada, o Ministério da Saúde trabalha para a realização de um novo processo licitatório e no aprimoramento de soluções e modelos ideias de logística”, afirmou o órgão à coluna.

“Esse serviço envolve grandes riscos operacionais, pois o contrato em questão é para prestação de serviço contínuo de transporte, armazenamento e distribuição de insumos de saúde essenciais à população, como vacinas e medicamentos, que não podem ter o processo interrompido. Paralisar esses serviços gera impacto imediato na cadeia de fornecimento e na assistência da população.”

 

fonte: metrópoles

Isabele Brandão

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