Audiência Pública debate alteração no tamanho mínimo dos terrenos para construção de postos de combustíveis

Audiência Pública debate alteração no tamanho mínimo dos terrenos para construção de postos de combustíveis

Na manhã desta terça-feira, 24, a Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia realizou a 27ª audiência pública da atual legislatura e a segunda que debateu o Projeto de Lei Complementar 069/20, que traz alteração a Lei Complementar 152/2018, que, como lei esparsa do Plano Diretor, trata do Uso e Controle do Solo. De acordo com previsão regimental, toda proposta de lei que aborda Uso e Controle do Solo, para que seja apreciada, precisa antes passar por ao menos duas audiências públicas.

A mudança contida no Projeto de Lei ora debatido trata sobre terrenos em que serão construídos postos de abastecimento, serviços e combustíveis, que não poderão ser inferiores a 1.200m², com testada mínima de 30 metros.

Anteriormente, esses terrenos não poderiam ser inferiores a 720 m², também com testada mínima de 30 metros.

De início, o Presidente do Sindiposto Goiás, Márcio Martins de Castro explicou que a legislação sobre construção de postos de gasolina varia de um município para outro, sendo alguns mais rigorosos e outros mais flexíveis.

“Nossa entidade não influencia muito nisso, mas claro que, analisando como negócio, é importante que existam regras claras, que tratem de temas como com segurança, meio ambiente e impacto de vizinhança. Assim, é importante uma legislação que tenha regras que minimizem os problemas”, explicou Márcio.

Ele ainda comparou com Brasília,  afirmando que lá existem regras tão restritivas que torna muito difícil a abertura de postos.

Já analisando especificamente sobre o Projeto, o presidente do Sindiposto afirmou que o aumento da área não atrapalha a abertura de novos postos.

“Como Aparecida tem um território muito grande, a área mínima estabelecida no projeto não limitaria a abertura de novos postos, ainda mais que hoje posto que abre só com abastecimento de gasolina, sem outras atividades, fica pouco competitivo no mercado”, finalizou o presidente do Sindiposto.

Em seguida, representando o Poder Executivo, o Procurador Geral do Município, Fábio Camargo, lembrou que a proposta, por se tratar de assunto relacionado ao plano diretor, precisaria da realização de audiência públicas, o que foi superado no dia de hoje. Porém, ele também ressaltou a necessidade de manifestação da secretaria de meio ambiente.

O vereador Aldivo Araújo afirmou que solicitará a devolução do Projeto para que, posteriormente, ele seja novamente enviado à Câmara com todos os estudos e pareceres necessários.

“Não tenho problema em votar qualquer projeto desde que me sinta seguro da proposta, por isso seria bom ter acesso às informações completas sobre a proposta”

Em seguida, o vereador Rosildo reforçou o que foi dito por Araújo.

“Temos que ter segurança para votar algo que altere o Plano Diretor. Até tinha sugerido que adequassem as mesmas medidas que hoje são utilizadas em Goiânia, que seria de 1.000 metros. A alteração para 1.200 metros seria um salto muito grande”, opinou o vereador.

Por fim, o vereador André Fortaleza afirmou que compreende o posicionamento de cada um mas que é favorável ao Projeto.

Com o fim das rodadas de audiências, a matéria hoje discutida está apta a ser apreciada nas próximas sessões ordinárias.

Iasmim Marques