sexta-feira , 22 novembro 2024

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Criança desenha “homem” saindo do quarto da esposa e indo ao seu para estuprar

Ocorrência foi registrada numa escola em Itumbiara e encaminhada à Delegacia de Polícia Civil, que investiga o caso desde quinta-feira (26) e já identificou o acusado.

Criança, nome não divulgado, estudante de uma escola em Itumbiara (209 km da Capital), denunciou suposto abuso sexual por meio de desenho durante trabalho na escola no último dia 18, data de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, quando a unidade de ensino trabalhava o tema com os alunos.

A situação aconteceu após um evento sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, que é celebrado em 18 de maio. Na ocasião, foram realizadas palestras e outras atividades de conscientização na escola sobre o tema.

De acordo com o delegado, a professora pediu para que a turma desenhasse o que elas entendiam sobre “abuso sexual”. Entre os desenhos, dessa aluna chamou atenção da professora, que pediu para a menor explicar o que tinha desenhado.

A menina relatou que se tratava do “homem” saindo do quarto da esposa e indo para o quarto dela, onde cometia os abusos, como “toques” em suas partes íntimas.

Diante do fato, a professora comunicou à direção da escola. O Conselho Tutelar foi acionado, tomou conhecimento do, possível, estupro que a criança poderia estar sofrendo dentro de casa e levou à ocorrência a conhecimento da Delegacia de Polícia Civil.

“Uma das crianças fez um desenho de que um abusador saía de um quarto da esposa e ia até o quarto dela. Acharam aquela situação diferente, conversaram com a criança, acionaram o Conselho Tutelar e trouxeram o caso para a delegacia”, disse o delegado.

O investigador disse que assumiu o caso na quinta-feira (26) e já começou a ouvir pessoas relacionadas ao caso. Ressaltou que ainda irá intimar o suspeito, que até esta sexta-feira (27) não havia sido ouvido ou preso.

“A prisão não é algo automático, tem que existir investigação mínima e requisitos legais para isso”, acrescentou o delegado.

A criança passou por exame de corpo de delito para verificar se houve conjunção carnal, mas o resultado deu negativo. No entanto, isso não elimina o crime, já que, de acordo com o relato da própria criança, o fato se trata de “toques”, forma do crime que não deixa vestígios.

“Sobre o exame o resultado não confirmou a conjunção carnal, isso porque ela narrou a prática de toques no corpo, algo que não deixam vestígios. Mas isso não elimina a prática do crime. Inclusive, é comum nessas formas de delito”, concluiu o delegado.

Para proteger a vítima, a Polícia Civil não divulgou a idade dos envolvidos nem o grau de parentesco entre eles. A corporação disse ainda que, além de ouvir testemunhas, como professores e familiares da aluna, também vai apreender o desenho feito pela estudante.

Crédito:G5News

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