Gerente de fazenda humilha caminhoneiro, e ofende os goianos

Gerente de fazenda humilha caminhoneiro, e ofende os goianos

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o gerente de uma fazenda chamou de “ladrão” um caminhoneiro que parou o veículo e pegou cerca de 20 espigas de milho na lavoura, às margens de uma rodovia que corta o município de Cabeceiras, no nordeste de Goiás, a 339 km da capital. Com sotaque sulista, Fernando Rosbach aproveitou o episódio para atacar o que ele chamou de “goianada”. O gerente gravou a situação no momento.

— Em que o caminhoneiro já carregava as espigas de milho nos braços. — “Eu vou procurar na internet quem é o dono desta empresa. Aqui o motorista ladrão, roubando meu milho. Parabéns, cara, você acaba de ser notificado como ladrão”, disse o gerente da Fazenda Bianco. Em seguida, o caminhoneiro perguntou se poderia deixar as espigas onde estava, mas Fernando ordenou que fossem deixadas na caminhonete. “Põe lá dentro da caminhonete. Vou passar para polícia”, afirmou o gerente.

— “Roubando milho”

“Vou mostrar como faz agora essa goianada roubando milho, não tem vergonha na cara, não tem caráter. Se eu for à sua casa, entrar no seu quintal e pegar alguma coisa, sou ladrão ou não sou?”, questionou Fernando. O caminhoneiro, por sua vez, concordou e pediu “desculpa”. No entanto, o gerente não parou de gravar nem de atacar o caminhoneiro. “Então, não custa nada pedir. Por que tem que pegar?”, perguntou, de novo, Fernando, antes de o caminhoneiro colocar as espigas na parte traseira da caminhonete.

— Repúdio

O vídeo viralizou e repercutiu nas redes sociais. O prefeito da cidade de Cabeceiras (GO), Tuta, reclamou do gerente para o dono da fazenda Bianco e repudiou o caso. — “Boa tarde a todos, foi com muita tristeza que recebi o vídeo desse episódio envolvendo o caminhoneiro e o gerente da fazenda Bianco. Logo em seguida, fiz contato com o proprietário da fazenda, Arno Bruno Vaz, por não ter o contato do gerente Fernando”, diz um trecho da nota. “É inadmissível que uma pessoa se acha no direito de corrigir um erro com exageros e humilhações”, afirmou.

Isabele Brandão

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