Desde 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra a data de 25/11 como o Dia Internacional Pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. A data é uma homenagem à Minerva, Maria Teresa e Pátria Mirabal, três irmãs reconhecidas como um dos símbolos da resistência feminina, que foram assassinadas em 1960, neste mesmo dia, pelas forças de repressão da ditadura do presidente dominicano Rafael Leónidas Trujillo, na República Dominicana.
As irmãs tinham curso superior, algo raro para mulheres naquela época, e eram todas casadas com ativistas. As três foram brutalmente espancadas e enforcadas na província de Salcedo, gerando uma comoção e fortalecendo a resistência política ao presidente Trujillo.
No documentário Las Mariposas: Hermanas Mirabal, lançado em 2011, a quarta irmã das ativistas, Dedé Mirabal, fala com orgulho das irmãs. “Quando me perguntam o porquê de eu não ter sido assassinada, sempre respondo: para que eu pudesse contar a verdade. As pessoas precisam saber o que houve, para que isso não se repita”, disse Dedé.
O dia 25/11 também é lembrado pela cor laranja, usada para representar um futuro mais brilhante, livre para as mulheres e meninas que sofrem ou já sofreram violência. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, foram 3.181 vítimas de violência doméstica, um aumento de 22% em relação a 2022. A Rede de Observatórios da Segurança também relatou que, a cada 24 horas, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência também em 2023.
Para realizar denúncias de violência contra mulheres basta ligar 180, a Central de Atendimento à Mulher. Também é possível realizar denúncias do tipo no aplicativo Direitos Humanos Brasil, e ligando para números de emergência, como a Polícia Militar, discando o 190.