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Vídeo de confraternização entre lobista investigado e magistrado do TJGO reforça suspeitas de envolvimento de desembargadores em esquema criminoso; operação pode ser iminente.
O Judiciário de Goiás encontra-se em estado de tensão diante da possibilidade de uma operação da Polícia Federal envolvendo desembargadores suspeitos de corrupção e venda de decisões judiciais. Uma série de investigações aponta um esquema de organização criminosa envolvendo figuras proeminentes do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), com a presença de um lobista já investigado pela Polícia Federal por corrupção judicial em Mato Grosso do Sul.
Um vídeo de 2023 reacendeu as suspeitas: Andreson de Oliveira Gonçalves, lobista e alvo de operações por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, aparece confraternizando com o desembargador Ronnie Paes Sandre, do TJGO, e com o advogado Marcio Messias durante um cruzeiro de luxo. Nas imagens, os três dançam e aparentam intimidade, reforçando os laços questionáveis entre Gonçalves e o Judiciário goiano.
O desembargador Ronnie Paes Sandre já havia sido alvo de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Na época, ele foi acusado de “trocar favores” com Marcus Chaves, filho do então presidente do TJGO, Leobino Chaves. De acordo com mensagens analisadas pelo CNJ, Sandre teria pedido a Marcus que intercedesse em sua promoção dentro do tribunal, acelerando sua ascensão em troca de benefícios e influência.
Essas novas evidências levantam sérias questões sobre a integridade de decisões judiciais no estado e sobre o grau de influência de agentes externos, como lobistas e advogados, na administração da justiça. A Polícia Federal monitora o caso de perto, e fontes indicam que uma operação pode estar prestes a ser deflagrada contra os magistrados envolvidos, num esforço para conter a corrupção e recuperar a confiança na Justiça goiana.
Especialistas em direito e transparência pública alertam para os danos irreparáveis que tais práticas podem causar na imagem do Judiciário. “A sociedade espera que o Tribunal seja uma fortaleza de justiça, e qualquer indício de corrupção deve ser tratado com máxima seriedade”, aponta um analista. A iminência da operação põe em xeque a credibilidade de um dos maiores tribunais do país e pode desencadear uma verdadeira reestruturação interna no TJGO.
O Judiciário de Goiás está, portanto, em uma encruzilhada: com as investigações em curso e uma possível operação federal no horizonte, os próximos dias serão decisivos para expor ou proteger o comprometimento de figuras-chave do tribunal com a justiça e a ética.
Redaçao
