A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou, nesta quinta-feira (23), o pedido de prisão preventiva de Jorge Caiado, assessor da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Jorge Caiado é acusado de ser um dos articuladores da morte do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, crime ocorrido em junho de 2021, na cidade de Anápolis.
O pedido de detenção foi inicialmente protocolado pelos promotores criminais de Anápolis, contudo, encontrou oposição no parecer do procurador de Justiça Sergio Abinagem Serrano, que se manifestou contrariamente à detenção.
Após aproximadamente duas horas de deliberações em sessão sigilosa, a decisão pela rejeição do pedido foi unânime.
Durante a mesma sessão, a 4ª Câmara também negou a liberação de quatro policiais militares, que são réus no caso da morte de Escobar e de outras sete vítimas em supostos atos de queima de arquivo.
Os militares estão detidos desde setembro do ano anterior, e seus advogados haviam impetrado habeas corpus, alegando excesso de prazo na detenção e tratamento desigual em comparação a outros réus que não se encontram presos.
Carlos César Savastano de Toledo, conhecido como Cacai, ex-auxiliar do governo estadual e ex-presidente do DEM de Anápolis, também é apontado como mandante do crime e está foragido desde novembro, após ter sido expedido um mandado de prisão em seu nome.
A tentativa de prisão de Jorge Caiado foi uma iniciativa dos promotores de Anápolis em março, quando o Ministério Público Estadual (MP-GO) adicionou seu nome à denúncia como um dos mandantes do assassinato. A solicitação foi negada em primeira instância, levando os promotores a recorrerem ao TJ-GO, culminando no julgamento pela 4ª Câmara.
A desembargadora Rozana Fernandes Camapum, relatora do caso, votou contra a prisão de Caiado, posição que foi acompanhada por seus colegas de magistratura.