quinta-feira , 14 novembro 2024

Como serão os dias seguintes dos brasileiros repatriados de Gaza

Os 32 brasileiros chegaram a Brasília na noite dessa segunda (13/11). Na capital federal, o grupo contará com o apoio do governo brasileiro

O primeiro grupo de brasileiros e familiares resgatados da Faixa de Gaza permanecerá em Brasília pelo menos até quarta-feira (15/11) – eles desembarcaram no Brasil às 23h24 dessa segunda-feira (13/11). Conforme o esquema de recepção montado pela Secretaria Nacional de Justiça, nesses dois dias na capital federal, a comitiva formada por 32 pessoas receberá cuidados médicos e passará pela formalização do processo de imigração.

Logo depois de recepcionados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os repatriados seguiram para o Hotel de Trânsito dos Oficiais, na Base Aérea de Brasília, área militar anexa ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.

Além de contarem com abrigo e procedimentos de regularização dos documentos, os repatriados terão garantido o acesso à alimentação, atendimento psicológico, cuidados médicos e imunização.

Na chegada do grupo a Brasília, Lula destacou a mobilização do governo para repatriá-lo. “A chegada desse décimo avião é a coroação de um trabalho muito sério que a gente deve a muita gente que trabalha no governo, sobretudo, o ministro de Relações Exteriores, e todos os companheiros que estão aqui”, afirmou o presidente da República.

O grupo que deixou a Faixa de Gaza no domingo (12/11) é formado por 17 crianças, nove mulheres e seis homens. A lista enviada pela diplomacia brasileira a autoridades do Egito e de Israel a fim de garantir autorização para passagem na fronteira de Rafah era composta por 34 nomes. Dois deles, porém, desistiram.

Brasileiros resgatados da guerra de Israel e Palestina

Jornada de repatriação
A chegada do grupo com 32 brasileiros e familiares próximos à Base Aérea de Brasília na noite dessa segunda completa uma jornada de mais de um mês para deixar a Faixa de Gaza. Desde o último 7 de outubro, a região enfrenta uma escalada histórica no conflito entre Israel e o Hamas. A guerra, até o momento, soma mais de 12 mil mortos, considerados ambos os lados.

Pouco depois da eclosão do conflito, a diplomacia brasileira, por meio do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, passou a articular a repatriação dos brasileiros e seus familiares. O processo, porém, enfrentou obstáculos, como o fechamento da fronteira e o risco para grupo em um território sob intensos bombardeios.

Após dias de espera e negociações, a fronteira de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, passou a permitir a passagem de estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade a partir de 1º de novembro, de forma limitada. O nome dos brasileiros, porém, esteve fora das seis primeiras listas organizadas pelas autoridades de Israel e do Egito.

O governo de Israel havia se comprometido em incluir o nome dos brasileiros na lista do dia 8 de novembro, o que não se concretizou. O alívio para o grupo chegou apenas na última sexta-feira (10/11), quando foi liberada a relação com os 34 nomes.

A inclusão, porém, não representou o fim da jornada dos brasileiros na tentativa de cruzar a fronteira. Por dois dias consecutivos, o grupo esteve na saída de Rafah, mas não conseguiu cruzar a fronteira. O problema dessa vez foi a remoção de feridos, que acabou impedida por ataques israelenses.

 

fonte: metrópoles

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