sexta-feira , 22 novembro 2024

Polícia prende pastores e acaba com organização acusada de golpe de R$ 156 milhões

Os agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária do Distrito Federal cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em Goiás, no DF, MT, Paraná e São Paulo.

Grupo criminoso liderado por pastores, nomes ainda não divulgados, que teria dado golpe de cerca de R$ 156 milhões em 5 anos e feito mais de 50 mil vítimas de todo o Brasil e no exterior, usando a teoria “Nesara Gesara”, foi alvo de operação da Polícia Civil em Goiás, no DF, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.

Os agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/DECOR), do Distrito Federal, cumprem dois mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão.

De acordo com as primeiras informações, os pastores induziam os fiéis a pensarem que eram “abençoados a receberem grandes quantias”. Usavam uma teoria conspiratória conhecida como “Nesara Gesara”, que diz que seria possível investir pouco e ganhar muito.

A Polícia Civil aponta que o grupo movimentou R$ 156 milhões em 5 anos, além de criar 40 empresas “fantasmas” e movimentar mais de 800 contas bancárias suspeitas.

Como funcionava o esquema

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos usavam redes sociais para convencer as vítimas a investirem suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos humanitários.

O grupo é composto por 200 integrantes, incluindo dezenas de pastores. A investigação aponta que os investigados prometiam retornos “imediato e rentabilidade estratosférica”.

“Foi detectada, por exemplo, a promessa de que somente com um depósito de R$25 as pessoas poderiam receber de volta nas “operações” o valor de Um Octilhão de Reais, ou mesmo “investir” R$2 mil para ganhar 350 bilhões de centilhões de euros”, apontam os investigadores.

Em seguida, os criminosos criavam empresas “fantasma” simulando instituições financeiras digitais com alto capital social declarado, com intenção de dar aparência de veracidade e legalidade às operações financeiras.

Convencidas, as vítimas assinavam contratos falsos, com promessas de liberação de quantias desses investimentos, que estariam registrados no Banco Central e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

Os alvos devem responder por crimes de estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

 

fonte: g5news

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