sexta-feira , 22 novembro 2024

Jovem relata caso e diz ser outra vítima de goiano acusado de “estelionato amoroso”

Joananes Monteiro, denunciado por Jaquelinny Montalvão, enfrenta outro processo pelo mesmo, suposto, crime. Kamyllir Regina Moura Silva relatou ao G5News que teve relacionamento com o investigado e sofreu prejuízo de R$ 66 mil.

A denúncia da manicure Jaquelinny Montalvão, 28 anos, contra o “ex”, Joananes Monteiro, corretor de Imóveis em Goiânia, que relata “estelionato amoroso” e prejuízo de R$ 10 mil, fez com que outra mulher, Kamyllir Regina Moura Silva, 28 anos, entrou em contato com o portal, contou que também teria caído ‘num golpe’ do acusado, com história semelhante, porém, com prejuízo de R$ 66 mil.

Kamyllir move processo por crime de estelionato contra Joananes e também tem medido protetiva que impede o investigado de se aproximar dela e da família.

Segundo a vítima, já foi moradora de Goiânia, porém, mudou para outro estado, mas sempre manteve o sonho de voltar à Capital. Kamyllir tinha uma casa nesse outro estado, vendeu por R$ 75 mil e tinha a intenção de comprar outra para viver com a filha em Goiânia.

A jovem conheceu Joananes por meio das redes sociais, começaram a conversar, ela contou sobre o sonho de voltar a Goiânia e, inclusive, que tinha o dinheiro guardado para comprar sua casa própria na Capital. Ela relata que, a partir daí, o investigado teria começado a ter mais interesse sobre ela, que se apresentou como corretor e que poderia ajudar ela a realizar o sonho.

Os dois mantiveram contato, ele pediu em namoro. Inicialmente, segundo Kamyllir, ela não aceitou, pois estava interessada apenas nos serviços de corretagem. No entanto, após insistência, os dois tiveram um relacionamento amoroso que durou cerca de uma semana.

Kamyllir conta que, ainda em março, ela veio a Goiânia encontrar Joananes. O segundo encontro aconteceu quando o corretou foi no outro estado buscar a jovem para que ela viesse à Capital “assinar” os papeis para dar entrada na compra da casa e abrir uma conta no banco, o qual ele, supostamente, teria convencido a vítima assinar uma procuração para que ele movimentasse a conta.

Para convencer, segundo Kamyllir, Joananes explicou que ela precisaria ter uma conta e movimentar para que aumentasse o “score” e a casa fosse liberada mais rápido.

Ainda à distância, depois dos papeis assinados para compra da casa, a vítima relata que o corretor teria feito vários pedidos de transferências PIX sempre para “resolver” algo da casa, fazer algum pagamento. Um dos pedidos, segundo a denúncia, Joananes teria pedido dinheiro para fazer a compra dos móveis para a casa de Kamyllir, pois logo sairia o imóvel.

A vítima relata que mandou o dinheiro, o corretor teria feito a compra dos móveis, mas colocou na casa dele, onde estaria morando até os dias de hoje.

Ainda à distância, segundo Kamyllir, mandou cerca de R$ 66 mil para o investigado. Então, Joananes pediu que a vítima vendesse tudo e já se mudasse para casa dele, pois, a “casa nova” sairia em cerca de 60 dias.

Kamyllir mudou de estado e chegou em Goiânia, na casa do investigado, com a filha de 6 anos, R$ 9 mil, dos R$ 75 mil da casa que vendeu, já que R$ 66 mil estava com Joananes, e mais um valor da venda dos móveis de sua casa no estado que morava.

A vítima chegou a Goiânia, foi para casa de Joananes e na noite do mesmo dia teve briga. Kamyllir conta que ele pediu mais dinheiro, dessa vez em mãos, mas ela se recusou.

A briga ficou feia e, segundo ela, ele a mandou embora da casa no mesmo dia. Mas conseguiu ficar até o dia amanhecer, quando deixou a casa dele e foi para casa do avô.

“Ele sabia que eu ainda tinha um pouco de dinheiro. Foi quando, no mesmo dia que eu cheguei, ele me pediu dinheiro em mãos. Eu respondi que isso não estava certo, que eu estava sem dinheiro de tudo, estava com a minha menina dentro da casa dele e ele ainda me pedindo dinheiro, um macho daquele me pedindo dinheiro. Aí ele me levantou, falar alto comigo, ficar agressivo. Eu fiquei apavorada por causa do jeito que ele estava até de madrugada, quando me mandou embora da casa. Como era madrugada, esperei até de manhã e fui para casa do meu avô”, relatou Kamyllir ao G5News.

A denunciante ressalta que tudo isso aconteceu em março, do momento em que conheceu Joananes, a perda do dinheiro, a mudança para casa dele e o fim após briga no primeiro dia.

Segundo Kamyllir, depois de deixar a casa de Joananes, os dois não se falaram mais até o início de junho, quando ela ligou para ele, após o período de 60 dias para casa ser liberada, e questionou sobre o imóvel. Joananes, ainda segundo a denúncia, teria respondido que como ela não tinha contrato e nem casa porque não quis ficar com ele. Então ela ameaçou denunciar e ele teria respondido:

“Você é tão ingênua que não sabe mexer com nada”.

À polícia, Kamyllir disse que tem medo do investigado e pediu medida protetiva, que foi expedida pela Justiça.

Desde então, o caso virou inquérito na 1ª Delegacia Estadual no Atendimento Especializado À Mulher de Goiânia (Deaem) e Joananes investigado por crime de estelionato, atendido pela delegada Luciane Aguiar Faria Shono.

Outro lado

Ao G5News, Joananes Monteiro diz que as acusações são falsas, em relação as duas mulheres. Ele conta que o fato se trata de “vingança” pelo fato de o relacionamento não ter dado certo.
Ele diz que nunca ouve nenhum tipo de agressão. Sobre “estelionato”, também nega e afirma que se elas quiseram vender seus bens e gastar “como bem entenderam” o problema é delas, já que o dinheiro era delas e são adultas.

Em toda conversa, ele insiste que se trata de “vingança”, com a intenção de destruir sua imagem e que vai atrás dos seus direitos para comprovar que é inocente das acusações.

Veja versão de Joananes na íntegra:

“Quero deixar claro que é uma situação que querem realmente me prejudicar por motivo torpe. Por motivo de vingança pelo fato de o relacionamento não ter dado certo. Simplesmente assim, uma vingança. Isso não existe e eu vou correr atrás dos meus direitos, é um absurdo o que elas estão fazendo comigo, absurdo sem tamanho. Eu sou defensor dos diretos da mulher, respeito, tenho mãe, tenho parentes femininos, amiga, e fazer o que estão fazendo comigo é simplesmente para destruir a minha imagem por motivo de vingança. Em nenhum momento teve algo parecido com violência. Elas estão denunciando estelionato e agressão contra elas, coisa que não houve, não aconteceu. Tanto a Jaquelinny, quanto a Kamullir., são adultas e vieram para minha casa porque quiseram, não foram obrigadas, não foram forçadas. Tiveram um relacionamento comigo por vontade delas e agora, por causa do término, estão fazendo isso. É uma violência gigantesca, tanto quanto essa Lei Maria da Penha. Elas estão me expondo por motivo de vingança, não tem outro motivo, real, cabível. A Kamyllir vendeu a casa por que quis. A Jaquelinny tinha o carro, os materiais de trabalho, ela vendeu porque quis, eu não obriguei, não obriguei ninguém a fazer nada. Se elas fizeram e gastaram o dinheiro como bem entenderam, o problema é delas porque o dinheiro é delas. Agora, falar que eu peguei, peguei emprestado é ridículo.”

O investigado foi procurado pela segunda vez pelo G5News, o qual atendeu a reportagem, destacou que “Tudo isso é mentira” e acrescentou “Vou responder tudo em Juízo”.

fonte/g5news

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