Figura recorrente nos elencos de novela da Globo, a atriz Neusa Maria Faro morreu, aos 78 anos, nesta sexta-feira (7/7). A causa da morte e as informações sobre velório ainda não foram reveladas.
O anúncio foi feito pelo ator e dramaturgo Pedro Leão nas redes sociais, que lamentou a perda de uma atriz “da melhor qualidade”.
“Perdemos, infelizmente, a querida Neusa Maria Faro. Super atriz. Interessantíssima. Da melhor qualidade”, escreveu Pedro na publicação de despedida.
Muito presente em núcleos cômicos de novela, Neusa fez de tudo um pouco na televisão. Formada na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), ela fez carreira na televisão a partir dos anos 1970. Trabalhou no Telecurso, dublou personagens de séries como Jaspion e Changeman e chegou às novelas nos anos 1990 com um papel em A idade da loba, da Rede Bandeirantes.
O papel de maior destaque da carreira foi em 2005. Na época, Neusa interpretou a personagem Divina Santini na novela Alma gêmea do autor Walcyr Carrasco. Ela contracenava com Fúlvio Stefafini e Nicette Bruno e ficou conhecida pelo bordão “Oswaldo, não fale assim com a mamãe”. Outros trabalhos que chamaram a atenção foram a primeira temporada de Chiquititas (1997), O profeta (2006) Caras & bocas (2009), Morde & assopra (2011), Gabriela (2012) e Amor à vida (2013). A último novela que fez foi uma pequena participação em Êta mundo bom!.
Neusa também marcou o cinema e o teatro brasileiro
No cinema, a carreira da atriz foi mais curta. Ela participou de apenas 10 produções sendo seis em curta-metragem. Já no fim da trajetória, ganhou o prêmio de melhor atriz no Los Angeles Brazilian Film Festival com o longa O segredo de Davi (2018). O último filme que participou foi Nas mãos de quem me leva, lançado em 2021.
Fora das telas também teve uma carreira relevante nos teatros, onde tudo começou, na década de 1970. Neusa fez parte do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) nos anos 1980 e continuou fazendo espetáculos até praticamente o final da carreira. O último título em que atuou foi Gaslight – Uma relação tóxica, um dos últimos textos adaptados de Jô Soares.