quinta-feira , 14 novembro 2024

Roberto Naves explica “crise” da Santa Casa em Anápolis e aporte de R$ 8 milhões

Prefeito contou que no sábado (27) teve uma reunião com a Fundação de Assistência Social de Anápolis (Fasa), que administra a Santa Casa, questionou se a prefeitura tinha dívidas e o montante do déficit para sair da crise.

REDAÇÃO G5

Prefeito de Anápolis (55 km da Capital), Roberto Naves (PP) explicou, durante prestação de contas referente ao primeiro quadrimestre de gestão em 2023, nesta terça-feira (30), na Câmara Municipal, a situação grave pela qual passa a Santa Casa no município, fazendo referência à defasagem em relação à tabela do Sistema Única de Saúde (SUS), apresentou o valor de R$ 8 milhões como defasagem nos custos e a parceria para cobrir esse rombo e manter as portas do hospital abertas.

Após o anúncio de que a unidade de saúde deixaria de aceitar novos pacientes, principalmente para internação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), ainda com a informação de que a prefeitura estaria deixando de fazer os repasses pelos atendimentos aos moradores da cidade, o prefeito contou durante a prestação de contas que no sábado (27) teve uma reunião com a Fundação de Assistência Social de Anápolis (Fasa) e questionou se a prefeitura tinha dívidas com a Santa Casa.

“No sábado, pela manhã, eu pedi uma reunião com a Fasa para fazer uma pergunta: ‘A prefeitura deve alguma coisa para Santa Casa?’ Essa foi uma dúvida que ficou no ar. ‘Se deve mostra a conta que eu quero pagar’. ‘Não, não, a prefeitura não tem dívidas com a Santa casa’. Mas a Fasa colocou que não tem dívida, mas se não tiver uma parceria efetiva, se a prefeitura não estender as mãos para Santa Casa, não teremos condição de continuar funcionando”, relatou o prefeito destacando a importância da unidade de saúde para Anápolis.

O prefeito destacou o trabalho filantrópico da Santa Casa, se colocando no papel de prefeito e cidadão, para ressaltar que “aceitou o desafio de fazer gestão interna na prefeitura para garantir os recursos necessários para resolver o problema da Santa Casa”.

Ainda sobre a reunião com a Fasa, o prefeito quis saber o déficit anual que a unidade trabalha e foi apresentado o montante de R$ 8 milhões.

Naves disse que assumiu, em nome da prefeitura, com apoio da Câmara de Vereadores, o pagamento desse déficit a partir do mês de junho para resolver esse problema. Em seguida, junto com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), chamar os demais 59 municípios pactuados com a Santa Casa para que façam seus aportes à unidade e divida o custo com Anápolis.

“Então dentro desses R$ 8 milhões, dentro desse estudo que está sendo feito, pelo menos nos dois primeiros meses, a prefeitura de Anápolis deve arcar com as parcelas referentes a esse déficit. Mas após uns 90 dias, os outros municípios devem estar colaborando e essa parcela deve cair bastante no que diz respeito a Anápolis. Só que não podemos deixar a população sem os leitos, sem o atendimento necessário”, explicou o prefeito.

Para exemplificar o furo no custo da tabela do SUS, Naves relata que o custo diário de um leito de UTI na Santa Casa é de R$ 1.500, o SUS paga R$ 600, o Governo de Goiás contribui com R$ 500, somados chega a R$ 1.100, furo de R$ 400 e essa diferença passará a ser custeado por Anápolis.

Sobre a “suspeita levantada de que algo está acontecendo na Santa Casa e precisa de uma fiscalização”, Naves explica que as contas são fiscalizadas pelo promotor, que cuida das organizações sociais, por meio do Ministério Público (MP), e que o “buraco nas contas” vai aparecer de qualquer forma, já que o custo é muito maior do que o SUS paga.

“Vocês devem montar uma comissão para acompanhar as organizações sociais em Anápolis, aí não vai surgir essas dúvidas e terão sempre essa transparência no que diz respeito a esta Casa de Leis. Mas, não adianta procurar quem é o culpado do problema da Santa Casa, o problema é a filantropia, quantidade de pessoas atendidas sempre custeada por valor muito menor do que custa. Esse é o problema da Santa Casa”, concluiu Naves para os vereadores.

fonte: g5news

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